Economia

FGV estima IPC-S próximo a 1% em janeiro

Para o fechamento de 2013, contudo, o IPC-S deve ser menor do que o apresentado no final de 2012 (5,74%) e ficar em 5,40%


	Supermercado: apesar do arrefecimento da inflação de alimentos da terceira para a quarta quadrissemana de dezembro, os preços deverão continuar elevados
 (REUTERS/Dave Kaup)

Supermercado: apesar do arrefecimento da inflação de alimentos da terceira para a quarta quadrissemana de dezembro, os preços deverão continuar elevados (REUTERS/Dave Kaup)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2013 às 14h46.

São Paulo - A inflação apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) deve acelerar em janeiro e ficar acima da alta de 0,66% registrada em dezembro. De acordo com o economista André Braz, da Fundação Getulio Vargas (FGV), o indicador deve ficar "em torno" de 1,00%. Para o fechamento de 2013, contudo, o IPC-S deve ser menor do que o apresentado no final de 2012 (5,74%) e ficar em 5,40%. "Ainda é prematuro, mas deve ficar perto dessa taxa. A expectativa de queda na tarifa de energia deve ajudar, pois pesa mais de 3,00% no orçamento das famílias", avaliou Braz.

As principais influências de elevação neste mês, diz o economista, devem vir dos grupos Educação, Leitura e Recreação, Alimentação, Despesas Diversas e Transportes. Quanto ao primeiro, ele explicou que os motivos da alta esperada são extremamente sazonais. "Os preços já deverão começar a subir neste mês, especialmente a parte de cursos formais e não formais (que envolve, dentre outros, informática e idiomas)", afirmou.

Apesar do arrefecimento da inflação de alimentos da terceira para a quarta quadrissemana de dezembro, continua Braz, os preços deverão continuar elevados. "Devem continuar desacelerando, mas normalmente só costumam diminuir (de maneira mais intensa) em meados de abril", previu.

Em relação ao grupo Despesas Diversas, o economista diz esperar novas pressões do aumento nos preços dos cigarros da Souza Cruz de 16% em média, em algumas capitais na segunda quinzena de novembro e estendido para outras cidades, caso de São Paulo, no último dia 30.

Os números projetados por Braz já levam em conta um eventual aumento nas tarifas de ônibus urbano em grandes capitais, como a paulista, e também elevação nos combustíveis.

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