EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
Rio - A insatisfação com o nível atual da demanda no mercado interno fez com que o humor dos empresários do setor de serviços continuasse em trajetória de queda no País. É o que mostrou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao anunciar o Índice de Confiança de Serviços (ICS), que caiu 1,5% em julho, após ter recuado 1,4% em junho. Esta foi a quarta queda seguida do ICS - indicador novo da instituição, que acumula redução de 4,4% de março a julho deste ano.
Em uma escala de zero a 200 pontos, em que resultados abaixo de 100 são considerados negativos e desempenhos próximos de 200 pontos são classificados como positivos, o ICS saiu de 131,5 pontos para 129,5 pontos, de junho para julho. A FGV informou que, mesmo com o recuo, o nível do índice ainda é elevado em termos históricos. No entanto, segundo um comunicado da instituição, "o resultado sinaliza que o ritmo de atividade do setor (de serviços) continua em fase de desaceleração".
Assim como o Índice de Confiança da Indústria (ICI) e o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), também produzidos pela FGV, o ICS é dividido em dois subindicadores: o Índice da Situação Atual - S (ISA-S) e o Índice de Expectativas - S (IE-S). Em julho, o ISA-S mostrou queda de 5,2%, após registrar taxa positiva de 0,2% em junho, atingindo o pior nível desde fevereiro deste ano. Já o IE-S teve alta de 1,6% em julho, após cair 2,8% em junho.
Para a FGV, o indicador que mede a satisfação com o nível atual da demanda foi o que mais contribuiu para a redução do ISA-S em julho e, por consequência, influenciou a taxa negativa do ICS. Das 2.092 empresas consultadas para cálculo do indicador, 18,6% avaliaram a demanda atual como forte e 15,4% a consideraram fraca. Em junho, estas parcelas haviam sido de 23,2% e 12,5%, respectivamente. Esta é a terceira divulgação oficial do indicador de serviços. A pesquisa de dados para o ICS ocorreu entre os dias 5 e 29 de julho.
Leia mais notícias sobre nível de confiança
Siga as notícias do site EXAME sobre Economia no Twitter