Economia

FGV: confiança do comércio cai 1,8 ponto em dezembro, a 91,7 pontos

Em dezembro, houve piora da confiança em três dos seis principais segmentos do comércio

 (Lucas Landau/Reuters)

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EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de dezembro de 2020 às 09h30.

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 1,8 ponto na passagem de novembro para dezembro, para 91,7 pontos, a terceira queda consecutiva, informou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 2 6 pontos.

"A confiança do comércio encerra 2020 com a terceira queda consecutiva, interrompendo o ritmo de recuperação observado anteriormente. A piora mais uma vez foi influenciada pela queda dos indicadores sobre o momento presente, reflexo da cautela dos consumidores. Por outro lado, as expectativas avançam pelo segundo mês consecutivo, mas a análise ainda é de redução do pessimismo. Considerando todas as turbulências apresentadas no ano, o setor conseguiu se sobressair na recuperação, mas a elevada incerteza, o cenário complicado do mercado de trabalho e o final dos auxílios do governo se tornam um desafio para a continuidade dessa retomada", avaliou Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Em dezembro, houve piora da confiança em três dos seis principais segmentos do comércio. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 6,1 pontos, para 93,6 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 2,6 pontos, para 90,1 pontos.

Segundo a FGV, passado o choque inicial provocado pela pandemia do novo coronavírus, o ISA-COM mostrou intensa recuperação, puxado primeiramente pelo consumo prioritário de bens essenciais e depois pelo aumento da demanda por bens duráveis. No entanto, o IE-COM ainda enfrenta dificuldade de atingir o nível pré-pandemia.

"Dessa forma, a diferença entre expectativas e situação atual se manteve constantemente negativa e chegou ao menor valor em outubro de 2020 (-18,5 pontos). Os últimos resultados mostram uma reversão dessa tendência, a distância entre os dois indicadores tem diminuído em consequência de uma recuperação das expectativas, que ainda se encontram em patamar baixo; e da sensação de piora com relação ao momento atual", apontou o relatório do indicador.

A coleta de dados para a edição de dezembro da Sondagem do Comércio foi realizada entre os dias 1º e 22 do mês, com informações de 801 empresas.

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