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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
São Paulo - Uma pesquisa realizada pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV) e pelo Instituto Votorantim, divulgada hoje (26), em São Paulo, constatou que a chance de quem fez o ensino profissionalizante conseguir um emprego é maior do que a de quem estudou até o ensino médio. De acordo com o estudo Educação Profissional e Você no Mercado de Trabalho, ela chega a 48,2%.
"O que a gente mostra com esse estudo é que os retornos da educação profissional são ainda mais altos. Mesmo quando se considera o avanço que as pessoas têm com mais escolaridade formal, a educação profissional ainda dá um plus, ou seja, é um prêmio que a educação gera em termos de salário, ocupação e formalidade", disse à Agência Brasil o economista Marcelo Neri, coordenador da pesquisa.
O trabalho também constatou que os salários daqueles que têm um curso profissionalizante são até 12,94% mais altos. O setor que mais emprega pessoas com curso profissionalizante é o automobilístico (45,71% ), seguido pelo de finanças (38,17%) e de petróleo e gás (37,34%).
De acordo com o estudo, 29 milhões de pessoas frequentam hoje cursos de educação profissional, o que representa 19,72% da população com mais de 10 anos de idade do Brasil. Desse total, 16,07 % (23,5 milhões de pessoas) frequentaram cursos de qualificação profissional, 3,54% (5,1 milhões de pessoas) fizeram ensino médio técnico e 0,11% (160 mil pessoas) tiveram formação tecnológica.
O estudo foi feito com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME).