Economia

Fenabrave diz que crédito é opção, mas situação é difícil

Em relação ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), lançado pelo governo federal, Assumpção disse que a iniciativa ajuda mais o setor produtivo


	Carros estacionados: "Nosso segmento vive do crédito, e em termos de veículos comerciais leves temos uma queda de 23% este ano. É como se voltássemos para o nível de vendas de oito, nove anos atrás", comentou Alarico Assumpção Júnior
 (hristian Müller/Thinkstock)

Carros estacionados: "Nosso segmento vive do crédito, e em termos de veículos comerciais leves temos uma queda de 23% este ano. É como se voltássemos para o nível de vendas de oito, nove anos atrás", comentou Alarico Assumpção Júnior (hristian Müller/Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2015 às 13h35.

São Paulo - O presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Alarico Assumpção Júnior, afirmou nesta quinta-feira, 20, que os acordos assinados nos últimos dias com Banco do Brasil e Caixa para liberar mais crédito para o setor automotivo são uma opção a mais para o consumidor, mas que o quadro este ano continua bastante difícil.

"Nosso segmento vive do crédito, e em termos de veículos comerciais leves temos uma queda de 23% este ano. É como se voltássemos para o nível de vendas de oito, nove anos atrás", comentou.

A declaração foi dada durante o evento Panorama Atual do Mercado Automobilístico Brasileiro, promovido pela Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi).

Questionado se o acordo com BB e Caixa pode dar alguma ajuda, ele disse que "é provável que isso ocorra". "Nós temos de buscar caminhos. Vemos esse acordo de uma maneira extremamente positiva e favorável", afirmou, acrescentando que não há subsídios nas taxas de juros praticadas. 

Ele também lembrou o recente programa do qual a Fenabrave participou para incentivar o uso de crédito nos consórcios automotivos e disse que os resultados iniciais dessa estratégia têm sido positivos.

Em relação ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), lançado pelo governo federal, Assumpção disse que a iniciativa ajuda mais o setor produtivo.

"No varejo é mais difícil, em função dos contratos CLT e dos horários de trabalho. O programa não nos atende muito", admitiu. Ele apontou que as concessionárias já demitiram quase 12 mil pessoas este ano, apesar de ainda empregarem cerca de 419 mil funcionários.

Acompanhe tudo sobre:AutoindústriaCarrosCréditoVeículosveiculos-utilitarios

Mais de Economia

Pacheco afirma que corte de gastos será discutido logo após Reforma Tributária

Haddad: reação do governo aos comentários do CEO global do Carrefour é “justificada”

Contas externas têm saldo negativo de US$ 5,88 bilhões em outubro

Mais energia nuclear para garantir a transição energética