Economia

Fenaban apresenta novo reajuste salarial a bancários

Segundo a federação, o piso da categoria subiu mais de 75% nos últimos sete anos e os salários foram reajustados em 58%


	Caixas eletrônicos: bancários também pedem valorização dos vales-refeição e alimentação e melhores condições de trabalho
 (Fernando Cavalcanti/VEJA)

Caixas eletrônicos: bancários também pedem valorização dos vales-refeição e alimentação e melhores condições de trabalho (Fernando Cavalcanti/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2013 às 17h40.

São Paulo - Após quase um mês sem se pronunciar, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou nesta sexta-feira, 04, às lideranças sindicais dos bancários uma nova proposta de reajuste salarial, de 7,1% (incluindo ganho real de 0,97 ponto porcentual).

Segundo a federação, o piso da categoria subiu mais de 75% nos últimos sete anos e os salários foram reajustados em 58%. Isto, de acordo com a Fenaban, significa um aumento real de mais de 23%.

O Comando Nacional dos Bancos, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), reúne-se nesta tarde para avaliar a nova proposta, feita 16 dias depois do início da greve. Os bancários pedem um índice de 11,93% (aumento real de 5 pontos porcentuais), um piso no valor de R$ 2.860,21 e participação nos lucros de três salários-base mais parcela adicional fixa de R$ 5.553,15.

Os bancários também pedem a valorização dos vales-refeição e alimentação (um salário mínimo, R$ 678,00) e melhores condições de trabalho, com o fim das metas individuais.

Pela proposta da Fenaban, o piso salarial para bancários que exercem a função de caixa passará para R$ 2.209,01 para jornadas de seis horas.

Estão previstos reajustes do auxílio-refeição, que sobe para R$ 22,98 por dia; da cesta alimentação que passa para R$ 394,04 por mês, além da 13ª cesta neste mesmo valor, e auxílio-creche mensal de R$ 327,95 por filho até seis anos.

O diretor de Relações do Trabalho da Fenaban, Magnus Ribas Apostólico, ressalta que a proposta deve ser analisada considerando os ganhos de 2013 e dos últimos anos.

"É um momento de se preservar conquistas e não de aumentar custos, por isso a proposta prevê um aumento real do poder aquisitivo dos bancários", diz. Magnus alerta que o momento exige cautela. "A economia está num ritmo mais lento, as margens de todos os setores estão mais apertadas e a geração de emprego está em queda", afirma.

Sobre a participação dos lucros (PLR), a Fenaban informa que a mesma fórmula será mantida, com correção dos valores fixos e de tetos em 10%. Dependendo do lucro do banco, por exemplo, a PLR de um caixa pode chegar a 3,5 salários.

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