Economia

Fed não muda taxa de juros e mantém caminho para alta em setembro

O Fed manteve a taxa básica de juros dos Estados Unidos no intervalo de 1,75 a 2 por cento

O Fed informou que a economia americana está se fortalecendo, enquanto a inflação permanece próximo da meta de 2% (foto/Getty Images)

O Fed informou que a economia americana está se fortalecendo, enquanto a inflação permanece próximo da meta de 2% (foto/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de agosto de 2018 às 15h20.

Última atualização em 1 de agosto de 2018 às 15h42.

São Paulo - O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manteve a taxa dos Fed funds na faixa entre 1,75% e 2% e deixou a taxa de desconto inalterada em 2,5%. A decisão foi tomada de forma unânime. No comunicado da decisão, o banco central afirmou nesta quarta-feira que espera manter o gradualismo na elevação de juros, já que os aumentos são "consistentes com a expansão sustentada da atividade econômica, condições fortes do mercado de trabalho e inflação próxima da meta simétrica de 2%".

A autoridade monetária dos Estados Unidos afirma, ainda, que o mercado de trabalho tem se fortalecido e que a atividade econômica tem crescido a um ritmo forte. No documento divulgado em junho, o Fed havia apontado que a expansão da atividade se dava a um ritmo sólido.

Ainda segundo o Fed, o nível de emprego tem se mantido forte nos últimos meses, à medida que o desemprego se manteve em baixas taxas. "Os gastos das famílias e o investimento fixo das empresas cresceram fortemente e, em uma base de 12 meses, tanto a inflação global quanto o núcleo da inflação, que exclui alimentos e energia, permanecem perto de 2%. Em relação aos riscos para as perspectivas econômicas, o banco central acredita que eles permanecem "mais ou menos equilibrados", além de ter pontuado que as expectativas de inflação de longo prazo estão pouco alteradas.

De acordo com o Fed, a avaliação sobre o desempenho da economia americana irá levar em conta "uma ampla gama de informações, incluindo medidas de condições do mercado de trabalho, indicadores de pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e leituras sobre desenvolvimentos financeiros e internacionais".

Na terça-feira, o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), considerado a medida de inflação favorita do Fed, apontou que o núcleo da inflação subiu 1,9% na comparação anual de junho, enquanto o índice do PCE avançou 2,2%, acima da meta estabelecida pelo banco central. Em relação à atividade, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu à taxa anualizada de 4,1% no segundo trimestre, no ritmo mais acelerado de expansão desde 2014.

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