Economia

Fed não deve surpreender mercados emergentes, diz secretário

Lew afirmou que os ministros de finanças e os presidentes dos bancos centrais do G20 não devem ficar surpresos com a próxima decisão do Fed


	Fed: as expectativas de alta da taxa de juros pelo Fed até dezembro aumentaram após a última reunião
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Fed: as expectativas de alta da taxa de juros pelo Fed até dezembro aumentaram após a última reunião (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2016 às 19h22.

Buenos Aires - O secretário de Tesouro dos EUA, Jack Lew, afirmou que os principais mercados emergentes devem ser capazes de antecipar um aumento da taxa de juros no país por causa da melhor comunicação do Federal Reserve, banco central norte-americano, e pelo esforço de coordenação de política monetária e fiscal.

Lew, que falou à Reuters na segunda-feira, afirmou que os ministros de finanças e os presidentes dos bancos centrais do G20 não devem ficar surpresos com a próxima decisão do banco central norte-americano porque a chair do Fed, Janet Yellen, e o vice Chair do Fed, Stan Fischer, estão fazendo uma comunicação clara e consistente.

"Os dois estão sendo extremamente claros nas suas comunicações. Eu acho que os ministros de finanças e integrantes dos bancos centrais entendem o que eles (os oficiais do Fed) estão pensando e fazendo", afirmou Lew em Buenos Aires.

"Eu não acho que exista um elemento de surpresa." As expectativas de alta da taxa de juros pelo Fed até dezembro aumentaram após três integrantes do comitê de política monetária discordarem da decisão de deixar a taxa inalterada na semana passada.

Em 2013, os mercados emergentes sofreram uma onda de saída de capital antes de um possível aumento do juro nos EUA e com a decisão do Fed de reduzir compras de títulos Lew falou com a Reuters durante sua visita para as quatro maiores economias da América Latina.

Brasil e Argentina estão enfrentando forte recessão, enquanto México e Colômbia, com relação mais próxima aos EUA, têm experimentado um crescimento relativamente mais forte.

Todos esses países se beneficiaram de uma relativa calma no mercado após um janeiro turbulento por causa da preocupação com o crescimento chinês.

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