Prédio do Federal Reserve em Washington, EUA, 1º de maio de 2020. (Kevin Lamarque/Reuters)
Reuters
Publicado em 16 de dezembro de 2020 às 16h43.
Última atualização em 16 de dezembro de 2020 às 16h48.
O Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) prometeu nesta quarta-feira seguir injetando recursos nos mercados financeiros de forma contínua para lutar contra a recessão, mesmo com as perspectivas das autoridades de política monetária para o próximo ano melhorando após a distribuição inicial de uma vacina contra o coronavírus.
Repetindo promessa de manter sua taxa básica de juros próxima de zero até que a recuperação econômica esteja concluída, o banco central dos EUA disse que também vincularia seu programa de compras mensais de títulos do governo a esse mesmo objetivo.
As compras vão continuar "até que um progresso substancial tenha sido feito em direção às metas de máximo emprego e estabilidade de preços do Comitê", disse o Fed em comunicado da decisão monetária, após o fim de uma reunião de dois dias.
Foi o passo mais gradual das opções que o Fed estava avaliando, já que as autoridades melhoraram suas perspectivas de crescimento econômico para o próximo ano de 4% para 4,2% na mediana e reduziram a taxa de desemprego projetada para o fim de ano de 5,5% para 5%.
Com o cenário econômico melhorando, o Fed não alterou o tipo ou o ritmo de aquisição de ativos, passo que muitos analistas esperavam como forma de oferecer auxílio mais imediato à economia nos meses necessários para que o impacto da vacina seja sentido.
A comunicação, no entanto, relaciona pela primeira vez os 120 bilhões de dólares em aquisições mensais de Treasuries e títulos lastreados pelo governo a um conjunto de condições econômicas. Anteriormente, a autoridade monetária havia se comprometido em fazer essas compras apenas "nos próximos meses", sem nenhuma orientação firme sobre quando o programa de combate à recessão poderia ser interrompido.
O chair do Fed, Jerome Powell, deve realizar uma coletiva de imprensa para debater o comunicado da decisão de política monetária e as projeções do banco central às 16h30 (pelo horário de Brasília).