Economia

Fed: mais um ano de incertezas?

Esta quarta-feira é dia de uma das decisões econômicas mais importantes do ano. Um ano após subir a taxa de juros do país pela primeira vez em quase uma década, o banco central americano Federal Reserve (Fed) deve anunciar uma nova alta (de novo de 0,25 ponto percentual) nos juros americanos nesta quarta-feira. A alta, […]

JANET YELLEN: , PRESIDENTE DO FED: dia deve ser de alta nos juros americanos  / Win McNamee/Getty Images

JANET YELLEN: , PRESIDENTE DO FED: dia deve ser de alta nos juros americanos / Win McNamee/Getty Images

DR

Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2016 às 20h14.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h45.

Esta quarta-feira é dia de uma das decisões econômicas mais importantes do ano. Um ano após subir a taxa de juros do país pela primeira vez em quase uma década, o banco central americano Federal Reserve (Fed) deve anunciar uma nova alta (de novo de 0,25 ponto percentual) nos juros americanos nesta quarta-feira. A alta, que levará os juros para o patamar entre 0,50 e 0,75%, já é aguardada por 10 em cada 10 economistas e analistas, mas o que inquieta a todos é não saber o que vem em 2017.

A economia americana mostra avanços. A taxa de desemprego em novembro chegou ao menor patamar (4,6%) em nove anos e o PIB do país no terceiro trimestre cresceu 3,2%. O problema é que no meio de todo esse avanço tem uma incerteza do tamanho de Donald Trump. Até aqui, o mercado tem esperado que a economia avance com o novo presidente.

Durante a campanha, Trump prometeu reduções de impostos e aumento de gastos em infraestrutura, o que poderia fornecer uma grande dose de estímulo fiscal. Se a economia começar a crescer rapidamente e a inflação subir, isso levaria o Fed a aumentar ainda mais as taxas – o que na teoria tiraria investimentos de mercados menos seguros, como o Brasil.

Mas analistas acreditam que uma alta de juros em 2017 não prejudicaria tanto assim o Brasil. “Pode haver um pânico inicial, mas a liquidez do mercado ainda é alta. Além disso, a diferença das taxas cobradas nos Estados Unidos e no Brasil continuará muito significativa”, diz Marco Saravalle, analista da XP Investimentos.

O discurso da presidente do Fed, Janet Yellen, nesta quarta-feira deve trazer novos sinais de qual cenário o banco projeta para 2017 e quantas altas devem vir pela frente – e, consequentemente, jogar bolsas mundo afora para cima ou para baixo. Mas, vale lembrar, no discurso de dezembro de 2015 o Fed sinalizou que aumentaria a taxa de juros gradualmente ao longo deste ano, o que não aconteceu. China, Brexit e as eleições americanas atrapalharam os planos. Com Trump no poder e eleições na França e na Alemanha, 2017 pode ser mais um ano de surpresas.

Acompanhe tudo sobre:Às SeteExame Hoje

Mais de Economia

Governo reduz contenção de despesas públicas de R$ 15 bi para R$ 13 bi e surpreende mercado

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições