Economia

Fed está preocupado com dólar forte e desaceleração chinesa

A ata revelou uma série de preocupações que influenciaram a decisão da comissão de manter taxa básica de juros próxima de zero


	Águia na sede do Federal Reserve em Washington: "Alguns participantes consideraram que os riscos descendentes para as perspectivas de crescimento econômico e a inflação aumentaram", diz a ata
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Águia na sede do Federal Reserve em Washington: "Alguns participantes consideraram que os riscos descendentes para as perspectivas de crescimento econômico e a inflação aumentaram", diz a ata (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2015 às 17h29.

Membros do Federal Reserve (banco central americano) expressaram preocupações com o impacto da desaceleração da economia global, puxada pela China, e pela valorização do dólar, apontou o documento do Fed nesta quinta-feira.

De acordo com as atas do encontro do Comitê de Política Monetária (FOMC) do Fed nos dias 16 e 17 de setembro, diversos participantes demonstraram preocupação com a pressão da inflação baixa nos preços da energia e pelo dólar forte.

"Os recentes movimentos do mercado financeiro devem restringir a atividade econômica, como resultado da valorização do dólar e possíveis efeitos de uma desaceleração do crescimento na China, nos países emergentes e nos produtores de matérias-primas", apontam as atas, que mencionam quatro vezes a China.

A ata revelou uma série de preocupações que influenciaram a decisão da comissão de manter taxa básica de juros próxima de zero.

A valorização do dólar desde meados de 2014 continua a ser um empecilho para as exportações dos EUA e ainda pode pesar sobre o crescimento econômico, ressaltaram os participantes preocupados.

Embora a economia tenha sido avaliada em um crescimento moderado e o mercado de trabalho esteja próximo ao pleno emprego, os membros do Fed pareceram ser pouco otimistas sobre a possibilidade de a inflação chegar à meta de 2% do banco central americano.

"Alguns participantes consideraram que os riscos descendentes para as perspectivas de crescimento econômico e a inflação aumentaram", diz a ata.

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