Economia

Fed diz estar preocupado com riscos de queda da inflação

Expectativas de mercado para a inflação enfraqueceram significativamente recentemente com o colapso nos preços do petróleo


	Dudley, do Fed de Nova York: "o mais preocupante é a possibilidade de as expectativas de inflação se tornarem desancoradas"
 (Stan Honda/AFP)

Dudley, do Fed de Nova York: "o mais preocupante é a possibilidade de as expectativas de inflação se tornarem desancoradas" (Stan Honda/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2016 às 12h26.

Somerset - A queda nos preços do petróleo e o dólar forte aumentaram o risco de redução das expectativas de inflação nos Estados Unidos, tornando mais difícil que a inflação observada avance à meta do banco central norte-americano de 2 por cento, disse o presidente do Federal Reserve de Nova York, William Dudley.

"Com relação aos riscos à perspectiva de inflação, o mais preocupante é a possibilidade de as expectativas de inflação se tornarem desancoradas", disse Dudley em texto preparado para discurso.

Expectativas de mercado para a inflação enfraqueceram significativamente recentemente com o colapso nos preços do petróleo, que caíam abaixo de 30 dólares o barril nesta sexta-feira.

Apesar de se mostrar ciente em relação às expectativas de inflação nos últimos meses, Dudley disse que isso não era o suficiente para fazer o Fed se afastar da política de taxa de juros perto de zero.

"Desde que a economia continue crescendo em um ritmo acima da tendência, eu espero que a alta na utilização de recursos seja suficiente para elevar a inflação e as expectativas de inflação", disse ele.

O Fed elevou a taxa de juros em dezembro pela primeira vez em quase uma década.

Dudley também destacou que os preços excluindo energia e alimento têm permanecido estáveis.

Apesar das preocupações sobre a desinflação, Dudley disse esperar que a economia dos EUA cresça pouco acima de 2 por cento em 2016, com um fortalecimento um pouco maior no mercado de trabalho.

Ele também minimizou as preocupações levantadas por alguns analistas e investidores sobre a maior economia do mundo entrar em recessão em meio a incertezas sobre a China e a turbulência no mercado global desde o começo do ano.

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