Economia

Fed deve elevar juros e dar detalhes sobre redução de balanço

Banco central dos Estados Unidos divulgará sua decisão às 15h00 de quarta-feira (horário de Brasília), ao concluir dois dias de reuniões

Fed: economistas esperam que a autoridade vai elevar sua taxa referencial para uma meta de 1,00 a 1,25 por cento (Mandel Ngan/AFP)

Fed: economistas esperam que a autoridade vai elevar sua taxa referencial para uma meta de 1,00 a 1,25 por cento (Mandel Ngan/AFP)

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Reuters

Publicado em 13 de junho de 2017 às 08h57.

Washington - O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, deve elevar a taxa de juros esta semana devido ao aperto no mercado de trabalho e também pode fornecer mais detalhes sobre seus planos de encolher a carteira de títulos que acumulou para tratar da recuperação econômica.

O banco central divulgará sua decisão às 15h00 de quarta-feira (horário de Brasília), ao concluir dois dias de reuniões. A chair do Fed, Janet Yellen, dará entrevista à imprensa meia hora depois.

"A expectativa de uma alta dos juros...é ampla, e tem sido reforçada pela mais recente rodada de comunicação do Fed", disse Michael Feroli, economista do J.P. Morgan.

Economistas consultados pela Reuters veem que o Fed vai elevar sua taxa referencial para uma meta de 1,00 a 1,25 por cento.

O Fed embarcou em seu primeiro ciclo de aperto monetário em mais de uma década em dezembro de 2015. Uma alta de 0,25 ponto percentual na quarta-feira será a segunda após movimento similar em março.

Desde então, a taxa de desemprego caiu para a mínima de 16 anos de 4,3 por cento e o crescimento econômico parece ter voltado a acelerar após um primeiro trimestre fraco.

Entretanto, outros indicadores da saúde da economia têm se mostrado mais mistos. A medida preferida do Fed para o núcleo da inflação caiu a 1,5 por cento de 1,8 por cento e investidores têm cada vez mais dúvidas de que as autoridades serão capazes de manter seu ritmo esperado de aperto de três altas de juros este ano e no próximo.

Também há cada vez mais dúvidas sobre o tamanho e o escopo do estímulo fiscal que a administração Trump pode injetar na economia dos EUA com as promessas de campanha de reforma tributária, redução das regulações financeiras e gastos com a construção --ou elas ainda estão em desenvolvimento ou enfrentam obstáculos no Congresso.

Os mercados ainda estão ansiosos para que o Fed dê uma ideia mais clara sobre o momento e os detalhes de seu plano já anunciado de reduzir neste ano sua carteira de 4,2 trilhões de dólares em Treasuries e títulos lastreados em hipotecas, cuja maior parte foi comprada na esteira da crise financeira para ajudar a manter os juros baixos e impulsionar a economia.

"Se o Fed está falando realmente sério em reduzir o tamanho de seu balanço este ano e quer comunicar esses planos com bastante antecedência, está ficando sem tempo para fazer isso", disse Michael Pearce, economista do Capital Economics.

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