Economia

Fed decidiu de forma unânime alterar diretriz para juros

Segundo ata, integrantes decidiram acabar com as diretrizes até então utilizadas como sinalizadoras de aperto da política monetária


	Janet Yellen, chair do Fed: primeira reunião presidida por Yellen trouxe poucas novidades sobre o que pode provocar a alta nas taxas de juros
 (Larry Downing/Reuters)

Janet Yellen, chair do Fed: primeira reunião presidida por Yellen trouxe poucas novidades sobre o que pode provocar a alta nas taxas de juros (Larry Downing/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2014 às 16h51.

Washington/San Francisco - Integrantes do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, decidiram de forma unânime acabar com as diretrizes até então utilizadas como sinalizadoras de aperto da política monetária, de acordo com a ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

O documento da reunião de 18 e 19 de março, a primeira presidida por Janet Yellen, trouxe poucas novidades sobre o que pode provocar a alta nas taxas de juros e não revelou discussão sobre a manutenção das taxas de juros perto de zero no "horizonte relevante", como o Fed mencionou em comunicado divulgado após o encontro.

"(Todos) os integrantes julgaram que... era apropriado substituir as atuais diretrizes quantitativas nesta reunião", trouxe o documento.

"Quase todos os integrantes julgaram que a nova linguagem deveria ter natureza qualitativa. E deveria indicar que, ao determinar o tempo de manter (baixa) a atual taxa de fundos federais, o Comitê avaliaria o progresso observado e esperado em direção aos objetivos de pleno emprego e inflação de 2 por cento", acrescentou.

O Fed decidiu descartar as diretrizes sobre desemprego e inflação. E, no comunicado após a reunião, afirmou que em vez disso observará o "horizonte relevante" entre o fim do programa de compra de títulos e a alta dos juros.

Yellen atraiu ainda mais a atenção dos mercados financeiros quando, em entrevista coletiva após o encontro, ela definiu "horizonte relevante" como "cerca de seis meses", dependendo da economia -- comentário que imediatamente pressionou as ações e os títulos.

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