Economia

Fed adota novas medidas agressivas para combater impacto do coronavírus

Medidas incluem programas que fornecerão empréstimos estudantis, empréstimos com cartão de crédito e empréstimos garantidos a pequenas empresas

Estados Unidos: crise causada por coronavírus deve ter forte impacto na economia do país (Tetra Images/Getty Images)

Estados Unidos: crise causada por coronavírus deve ter forte impacto na economia do país (Tetra Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 23 de março de 2020 às 10h06.

Última atualização em 23 de março de 2020 às 11h17.

O Federal Reserve adotou nesta segunda-feira uma extraordinária série de programas para compensar as "graves perturbações" na economia causadas pelo surto de coronavírus, apoiando uma gama sem precedentes de crédito para famílias, pequenas empresas e grandes empregadores.

Os novos programas significam que o Fed garantirá empréstimos estudantis, empréstimos com cartão de crédito e empréstimos garantidos pelo governo norte-americano a pequenas empresas.

Além disso, comprará títulos de grandes empregadores e fará empréstimos a eles no que equivale a quatro anos de financiamento. Um novo programa que concederá crédito a pequenas e médias empresas também será anunciado "em breve", afirmou o Fed.

As compras existentes de Treasuries e de títulos lastreados em hipotecas serão expandidas o quanto for necessário "para apoiar o bom funcionamento do mercado e a transmissão efetiva da política monetária para condições financeiras e econômicas".

"É o momento de bazuca deles", disse Russell Price, economista-chefe da Ameriprise Financial Services. "São eles dizendo 'faremos o que for preciso', o que deve ser um sinal para os mercados financeiros e investidores de que o Fed fornecerá toda e qualquer liquidez necessária para apoiar a economia durante esse período."

Em comunicado, o Fed disse que o esforço, aprovado por unanimidade pelos membros do Comitê Federal de Mercado Aberto, foi realizado porque "ficou claro que nossa economia enfrentará graves perturbações" como resultado da crise da saúde.

Quase um terço da população dos EUA está sujeita a novas regras que fecharão negócios não essenciais, desencorajando as pessoas a deixar suas casas para retardar a propagação do vírus.

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