Varejo: levantamento da FecomercioSP diz que a medida de quarentena do governo estadual afeta mais de 1 milhão de empregos formais (Rodrigo Capote/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de março de 2020 às 14h16.
Última atualização em 25 de março de 2020 às 01h03.
Após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), decretar quarentena e o fechamento do comércio presencial por conta do avanço do coronavírus no Estado, a Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo de São Paulo (FecomercioSP) recomenda aos varejistas de bens duráveis e semiduráveis que não ampliem os estoques.
Segundo a instituição, este "não é o momento de investir, endividar-se ou assumir compromissos no longo prazo".
A entidade ainda recomenda aos empresários do setor a se atentarem ao fluxo de caixa e aos gastos fixos pois, segundo a FecomercioSP, é preferível ter "um crédito bem contraído e planejado a deixar de pagar os compromissos, tornar-se inadimplente e ter que correr atrás de juros".
Como alternativa aos "juros altos das instituições financeiras tradicionais", a FecomercioSP também recomenda a tomada de crédito pelas estatais DesenvolveSP e Banco do Povo Paulista, que liberaram R$ 500 milhões de reais para o comércio e turismo do Estado.
Um levantamento da FecomercioSP diz que a medida de quarentena do governo estadual afeta mais de 1 milhão de empregos formais, que ocupam vagas em cerca de 460 mil estabelecimentos que fecharão suas portas temporariamente.
A FecomercioSP ainda indica que são movimentados cerca de R$ 1 bilhão de reais ao dia pelo setor. "Ainda não é possível mensurar o quanto desse total deixará de ser movimentado, visto que ainda haverá atendimento por aplicativos, sites e delivery", afirmou a instituição.