A Fecomercio-SP lembra que o ano começou com endividamento acima de 50%, atingindo 53,8% em fevereiro (Ana Maria)
Da Redação
Publicado em 24 de maio de 2011 às 18h27.
São Paulo - O endividamento das famílias paulistanas caiu de 48,3% em abril para 45,7% em maio, de acordo com dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). Foi o segundo mês consecutivo de queda. Em números absolutos, o número de famílias com algum tipo de dívida recuou de 1,732 milhão para 1,639 milhão entre os meses de abril e maio.
A Fecomercio-SP lembra que o ano começou com endividamento acima de 50%, atingindo 53,8% em fevereiro, ainda em razão de dívidas assumidas no período do Natal. O endividamento começou a cair a partir de março.
Segundo a Fecomercio-SP, entre as famílias paulistanas que possuem contas em atraso houve estabilidade em 14% em maio na comparação com abril, o que "demonstra que o consumidor embora já esteja sentindo os efeitos da elevação do preço nas suas compras, consegue administrar melhor suas dívidas". Destes consumidores, 46,3% têm atrasos há mais de 90 dias, 24,4% estão com dívidas atrasadas entre 30 e 90 dias e 24,8% por até 30 dias. O tempo médio é de 62,87 dias.
A proporção de famílias que acredita não ter como quitar total ou parcialmente suas dívidas ficou em 5,3%, com alta de 0,2 ponto porcentual ante o mês anterior, ou o equivalente a 191 mil famílias.
Em relação à parcela da renda comprometida, 55,3% das famílias endividadas em maio têm entre 11% e 50% de sua renda comprometida com o pagamento de dívidas e para 14,9% delas esse comprometimento é superior a 50%, enquanto para 20,9% menos de 10% da renda está comprometida com o pagamento de dívidas, informa a Fecomercio-SP em seu levantamento.
Ainda conforme a pesquisa, "o principal tipo de dívida continua sendo o cartão de crédito para 68,5% dos paulistanos, seguido pelos carnês (21,3%), crédito pessoal (19,2%), financiamento de carro (9,6%), cheque especial (8,5%), entre outros." Os dados, apurados mensalmente desde 2004, são coletados com 2.200 consumidores da cidade de São Paulo.