Comercialização se mantém mais travada em algumas regiões (Brent Stirton/Getty Images)
Reuters
Publicado em 2 de julho de 2018 às 20h26.
São Paulo - As exportações de milho do Brasil devem alcançar 28 milhões de toneladas na safra 2017/18, projetou a INTL FCStone nesta segunda-feira (02), ante os 30 milhões considerados anteriormente, em meio às indefinições quanto aos fretes.
"Os impactos do tabelamento do frete tendem a ser importantes, com o custo logístico chegando a ultrapassar o preço do próprio produto em regiões distantes dos portos e dos centros consumidores, e a comercialização se mantém mais travada em algumas regiões", disse a analista de mercado do grupo, Ana Luiza Lodi.
A consultoria manteve inalterada sua previsão de produção de milho segunda safra, atualmente em colheita, em 55,35 milhões de toneladas em 2017/18. No ciclo passado, o país colheu um recorde de 67,35 milhões de toneladas do cereal durante a safrinha.
Quanto à soja, a INTL FCStone também manteve sua estimativa para a produção, em 117,36 milhões de toneladas, ante 114 milhões em 2016/17. A consultoria destacou que as exportações da oleaginosa podem ser recordes na temporada 2017/18, em 70 milhões de toneladas, apesar do tabelamento de fretes.
O governo federal instituiu preços mínimos de frete rodoviário como resposta a protestos nacionais de caminhoneiros contra a alta dos preços dos combustíveis, no final de maio. Desde então, o tabelamento vem impactando o setor de commodities, por encarecer os custos do transporte.