Economia

Fazenda rebate onda de pessimismo sobre a economia

Secretário-executivo da pasta apresentou uma série de comparações para tentar demonstrar que a situação é melhor do que a que vem sendo pintada


	Paulo Rogério Caffarelli. secretário-executivo do Ministério da Fazenda
 (Viviane Vilela/Você S.A.)

Paulo Rogério Caffarelli. secretário-executivo do Ministério da Fazenda (Viviane Vilela/Você S.A.)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2014 às 19h00.

São Paulo - O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli, rebateu a onda de pessimismo sobre a economia brasileira durante apresentação na Ciab Febraban 2014 (feira de automação bancária) em São Paulo.

Caffarelli apresentou uma série de comparações internacionais para tentar demonstrar que a situação econômica brasileira é melhor do que a que vem sendo pintada recentemente.

Assim, o crescimento acumulado do PIB brasileiro entre 2007 e 2013, de 19,7%, é superior ao dos principais países avançados e, entre os emergentes, embora tenha uma colocação pior, foi maior do que de Rússia e México.

Já o crescimento da produção industrial brasileira de 2,3% em 2013 foi o quinto melhor resultado entre 17 países do G-20 (ele não mostrou dados para Argentina, Arábia Saudita, Austrália e Canadá), só perdendo para China, Indonésia, Turquia e Estados Unidos.

Na relação de dívida externa de curto prazo sobre dívida externa total, o Brasil, com 11,6% no terceiro trimestre de 2013, aparece como o mais bem colocado numa lista de 17 economias relevantes avançadas e emergentes, como Reino Unido, Alemanha, México, Índia e África do Sul.

Em termos de investimentos, Caffarelli mostrou que, apesar de todos os problemas recentes, houve um crescimento médio anual de 6% de 2003 a 2013 (governos petistas), comparado com 1% de 1995 a 2002, no governo de Fernando Henrique Cardoso.

O secretário-executivo da Fazenda também reafirmou a meta de superávit primário de 1,9% do PIB para 2014: "Estamos perseguindo a meta com muita firmeza", garantiu.

Caffarelli dedicou uma parte da sua apresentação ao programa de concessões em infraestrutura de R$ 679 bilhões de 2011 a 2017 e à estratégia para buscar o financiamento privado, incluindo o estrangeiro.

Ele listou uma longa série de medidas regulatórias tomadas nos últimos anos para estimular o financiamento privado, como a eliminação do Imposto de Renda incidente sobre aplicações de não residentes em títulos privados de longo prazo.

Entre as medidas em estudo para as debêntures em infraestrutura, Caffarelli citou a prorrogação do benefício tributário até 2018 e a inclusão de projetos hídricos, de educação e de saúde entre os que podem se beneficiar.

Na parte de fortalecimento de garantias, também estão sendo avaliadas medidas como a concentração dos atos na matrícula de imóveis (registro em um único lugar de todas as informações relativas ao imóvel ou ao proprietário que possam trazer ônus à alienação do bem), melhorias na alienação fiduciária, câmara de garantias e aperfeiçoamento do crédito consignado do setor privado.

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