Economia

Fazenda eleva projeção de PIB de 2024 para 3,2%; expectativa para inflação também sobe, para 4,25%

Para 2025, a estimativa de crescimento caiu de 2,6% para 2,5%. A revisão decorre da perspectiva de início de novo ciclo de alta nos juros pelo Banco Central em 2024

Ministério da Fazenda: surpresa com o PIB do segundo trimestre foi responsável pela melhora para o resultado do ano (Leandro Fonseca/Exame)

Ministério da Fazenda: surpresa com o PIB do segundo trimestre foi responsável pela melhora para o resultado do ano (Leandro Fonseca/Exame)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 13 de setembro de 2024 às 14h30.

Última atualização em 17 de setembro de 2024 às 12h03.

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O Ministério da Fazenda aumentou a projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 de 2,5% para 3,2%. Com a revisão, o governo está mais otimista que o mercado. A mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo Banco Central (BC) aponta para um crescimento econômico de 2,68% no ano. Os dados foram apresentados pela Secretaria de Política Econômica (SPE) no Boletim Macrofiscal, divulgado nesta sexta-feira, 13.

A revisão, segundo a SPE, ocorreu diante da surpresa postiva com o crescimento do PIB no segundo trimestre, que registrou alta de 1,4%. A supresa aumentou o carregamento estatístico para o resultado do ano, que ainda incorpora projeções positivas para o restante do ano, "embora em ritmo inferior".

"Após a divulgação do PIB do segundo trimestre, o carregamento estatístico para o crescimento do ano passou a ser de 2,5%. A projeção de 3,2% incorpora projeções de crescimento até o final do ano, embora em ritmo inferior ao observado no segundo trimestre", informou a SPE.

Para o terceiro trimestre de 2024, a expectativa é de desaceleração no ritmo crescimento de atividade, para 0,6% . O menor ritmo de crescimento na comparação trimestral está relacionado, principalmente, à forte expansão da atividade no segundo trimestre, informou o Ministério da Fazenda.

Para 2025, a projeção de crescimento caiu de 2,6% para 2,5%. A revisão, informou a SPE, decorre da perspectiva de início de novo ciclo de alta nos juros pelo Banco Central em 2024. A estimativa para 2026 e 2027 é de alta de 2,6%. Em 2028, a expcetativa de é alta de 2,5% da geração de requizas no país.

Estimativa para inflação também aumenta

O governo também aumentou de 3,9% para 4,25% a projeção de inflação para 2024, levemente abaixo das estimativas de mercado. Entre os analistas ouvidos pela BC, a mediana das expectativas está em 4,30%. Para 2025, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve pequena alta de 3,30% para 3,4%, ainda abaixo da expectativa dos economistas. No Boletim Focus a estimativa está em 3,92%.

"Até o final do ano, deverá haver recuo na inflação de monitorados, contrabalanceado parcialmente pelo avanço na inflação de livres. Essa estimativa já leva em consideração os impactos do câmbio mais depreciado nos preços; o cenário de bandeira amarela para as tarifas de energia elétrica no final do ano; e o reajuste no piso mínimo para os preços de cigarro", informou a Fazenda.

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