A Fazenda também mantém em 5% a previsão de crescimento da economia para 2012 (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2011 às 09h54.
Brasília - Mesmo com a sinalização do Banco Central (BC) de que serão necessários novos aumentos da taxa Selic (juro básico da economia) para trazer a inflação para a meta, o que deve frear o crescimento econômico, o Ministério da Fazenda insiste na previsão de alta de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2011. A estimativa está acima da projeção de 4% do BC e do mercado.
Ontem, ao divulgar o relatório bimestral "Economia Brasileira em Perspectiva", referente a março e abril, o Ministério da Fazenda deu sinais de que deve sustentar a estimativa em um nível mais alto até ter indicações mais claras do tamanho da desaceleração econômica causada pelas medidas de política fiscal e monetária nos últimos meses.
Segundo o documento, a economia já cresceu em um ritmo menor no segundo trimestre e deve manter o ritmo nos próximos três meses. "As projeções do Ministério da Fazenda indicam que a expansão do PIB será menos pronunciada no segundo e terceiro trimestres de 2011", afirma o documento.
"Para o período remanescente de 2011, a expectativa é de desaceleração da atividade econômica, devido especialmente à maturação dos efeitos das medidas de política econômica", completa. O ministério afirma que o crescimento da economia em 4,5% "ainda é robusto", representando expansão sustentável da atividade econômica, com geração de empregos e da renda.
A Fazenda também mantém em 5% a previsão de crescimento da economia para 2012 e de 5,5% para os dois anos seguintes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.