Economia

Faturamento do setor de eletroeletrônicos deve crescer 2%

O setor deve faturar neste ano R$ 159,4 bilhões, 2% acima do registrado em 2013, segundo associação


	Loja de eletrônicos: perspectivas para 2015 são de um faturamento maior
 (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

Loja de eletrônicos: perspectivas para 2015 são de um faturamento maior (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2014 às 16h08.

São Paulo - O setor de eletroeletrônicos deve faturar este ano R$ 159,4 bilhões. O resultado ficará 2% acima do registrado em 2013, de acordo com estimativas divulgadas hoje (4) pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), na capital paulista.

Segundo a entidade, as exportações deverão cair 9% e as importações 4%.

A queda da produção de janeiro a setembro ficou em 2,1% e deve fechar o ano em 2%.

Com relação à área da automação industrial, os dados apontam crescimento de 4%, entretanto os equipamentos industriais diminuíram de 1%. De acordo com a Abinee, os segmentos mais afetados pela falta de investimentos foram telecomunicações (-5%), geração e transmissão de energia elétrica (-13%) e a indústria de material elétrico e de instalação (-3%).

Na avaliação da entidade, as perspectivas para 2015 são de um faturamento maior, com um crescimento de 2% em relação a este ano.

As importações devem ser iguais ao registrado em 2014, atingindo os R$ 41,9 bilhões, e as exportações devem cair 1%.

O presidente da Abinee, Humberto Barbato, ironizou dizendo que gostaria que o ano de 2014 terminasse logo devido aos números apresentados. “Minha afirmação faz sentido porque lamentavelmente tivemos um nível de atividade ruim, com diferentes segmentos tendo grandes dificuldades e quedas consideráveis”.

De acordo com ele, mesmo com alguns incentivos e medidas que facilitaram a sobrevivência do setor, os problemas prevaleceram.

Ele citou como principais medidas de incentivo ao setor a desoneração de folha de pagamento, a renovação da Lei da Informática e a Lei do Bem (Lei 11.196/05, que concede incentivos fiscais às empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica).

“A desoneração foi bem-vinda, mas que fique claro que não é uma enorme desoneração. Houve redução para um segmento que estava extremamente onerado e que emprega um segmento importante. Esse era um fator que inibia as contratações. A medida incentiva os empregos”. Barbato avaliou que medidas como essa devem vir acompanhadas de ações de política cambial, porque a moeda valorizada “mata” a desoneração.

Os dados indicam também que os investimentos da indústria eletroeletrônica devem cair 5% este ano, passando dos US$ 4,2 bilhões, em 2013, para US$ 4 bilhões em 2014.

O setor deve registrar ainda redução de 3 mil vagas de trabalho, com o total de trabalhadores empregados caindo de 178 mil para 175 mil.

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