Vendas de Natal nos shoppings chegam a R$ 204 bilhões (Valter Campanato/Arquivo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de dezembro de 2021 às 15h18.
Última atualização em 27 de dezembro de 2021 às 16h12.
O Natal de 2021 registrou um aumento real de 10% nas vendas de lojistas de shopping em relação ao ano passado, mas ainda está distante de alcançar o patamar de 2019. Segundo a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), cerca de 123,7 milhões de consumidores foram às compras nesta época natalina.
Estima-se que as vendas dentro dos centros de compras tenham somado 204 bilhões de reais, o que representa um crescimento de 58% em relação a 2020, época em que os empreendimentos estavam afetados pela pandemia, com restrições de público. Se comparado ao faturamento de 2019, porém, é prevista uma redução de 3,5% das vendas.
A alta do dólar, a inflação, o desemprego elevado, a falta de confiança do consumidor, a falta de matéria-prima e ainda a falta de produtos no mercado em vários segmentos são elencados pela Alshop como fatores que barram um aquecimento maior de vendas.
De acordo com o levantamento, cerca de 77% dos consumidores compraram lembranças como maneira de se conectar com as festividades de final de ano.
E os presentes mais procurados nesta ocasião foram roupas com 61%, brinquedos 37%, seguido de perfumes, cosméticos e calçados, ambos com 36% e acessórios, opção de 24% dos consumidores.
Ainda segundo a pesquisa, as compras via e-commerce foram o principal canal de compras no Natal, com 45% da participação do público e as compras em shoppings atingiram 40%. Os dados nacionais foram colhidos de lojistas associados que representam cerca de 15.000 pontos de venda.
Contratações de temporários
A fim de atender as altas demandas esperadas para este ano, os varejistas recrutaram 94.300 trabalhadores temporários, com o salário médio mensal entre 1.600,00 e 1.900,00 reais, e a taxa de efetivação, em média, de 14%.
Os segmentos que mais contrataram foram vestuário/acessórios/calçados com 57.900 vagas, seguido de hiper e supermercados com 18.900 vagas, artigos de uso pessoal e doméstico com 11.000 vagas, móveis e eletrodomésticos finalizando com 3.000 vagas.
Já os Estados que mais contratam foram São Paulo, que lidera o ranking com 25.600 contratados, seguido de Minas Gerais, onde se contratou 10.700 e Rio de Janeiro, com 7.200 contratados.