Brasília - O faturamento real, ajustado para o período, da indústria subiu 2,7% em abril, comparado a março, após registrar queda de 6,4% no resultado anterior (de acordo com o dado revisado).
É o que mostra pesquisa divulgada hoje (3) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Com a revisão do faturamento de março, a queda ficou 0,1 ponto percentual maior que a divulgada inicialmente (6,3%) e que já havia sido caracterizada como a maior retração mensal desde novembro de 2008.
Segundo a CNI, o faturamento foi o único indicador que teve desempenho positivo na comparação de abril com março, “o que confirma o desaquecimento da atividade industrial”.
Já na comparação com abril de 2013, houve retração no faturamento de 4,6%.
De acordo com gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, as “dificuldades da economia”, como alta da inflação, aumento da taxa de juros, redução nas exportações e aumento das importações, se refletem no ritmo produtivo da indústria.
“Aquelas variáveis mais ligadas ao ritmo de produção, como horas trabalhadas e uso da capacidade instalada, mostram esse baixo índice de produtividade. O ritmo de atividade industrial anda muito fraco”, disse.
As horas trabalhadas na produção ficaram praticamente estáveis em abril (recuo de 0,1%), na comparação com o mês anterior.
Em relação a abril do ano passado, houve queda de 5,9%.
O uso das instalações da indústria ficou inalterado no resultado divulgado, com média de 81,1%, o mesmo percentual registrado em março.
Na comparação com abril do ano passado, houve queda de 2,1 pontos percentuais.
Houve queda no emprego de 0,6%. Em março, também havia sido registrado retração, de 0,5%.
Em relação a abril de 2013, houve alta de 0,4% em abril.
A massa real de salários caiu 1,3% em abril, comparado a março, e o rendimento médio real teve retração de 0,2%.
Na comparação com igual mês do ano passado, a massa real de salários cresceu 2,2% e o rendimento médio real dos trabalhadores apresentou alta de 1,7%.
Para Castelo Branco, o emprego da indústria este ano será “mais fraco”, com alternância de queda e alta na sequência dos meses.
Na avaliação dele, a melhora nos indicadores do setor depende da retomada da confiança das empresas e famílias, com retorno dos investimentos.
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1. Diferencial competitivo
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1/11 (Germano Lüders/EXAME.com)
São Paulo – O
Índice de Competitividade Global para o Setor de Manufatura 2013, elaborado pela
Deloitte e pelo Conselho Americano de Competitividade, apontou que a
China é o país mais competitivo neste segmento. A pesquisa foi baseada nas impressões de 552 executivos de empresas de manufatura pelo mundo, em 23 setores diferentes da indústria, que resultou num
ranking das nações mais competitivas para a indústria manufatureira. O relatório divulgado trouxe uma análise sobre os motivos que colocaram as indústrias manufatureiras dos 10 países do ranking no radar dos executivos. Clique nas fotos ao lado e confira os principais destaques.
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2. 1º) China
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2/11 (AFP)
Apesar da recente desaceleração no crescimento econômico, a China se tornou a maior nação manufatureira, destaca o relatório, o que ajudou o país a se manter na primeira posição do ranking. Segundo o documento, os executivos entrevistados para o estudo frequentemente citaram as vantagens nos custos de materiais e mão de obra da China, além dos fortes investimentos do governo em manufatura, inovação e estabilidade dos fornecedores. O país também mantém o Plano de Cinco Anos (FYP, na sigla em inglês), que prevê mais investimentos para o desenvolvimento econômico neste período, o que deve ajudar a China a se manter na primeira posição do ranking pelos próximos anos, destaca o relatório.
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3. 2º) Alemanha
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3/11 (Divulgação)
Os executivos entrevistados para o índice de 2013 notaram que a Alemanha obteve muitos ganhos desde que o indicador de 2010 foi publicado, “o que não é surpresa, já que o país é o primeiro em inovação de talentos”, resume o relatório. O quesito é, segundo os executivos, o mais importante para definir a alta competitividade de um país. No período indicado, a Alemanha subiu seis posições, passando da oitava para a segunda colocação no ranking. O relatório também aponta que a nação consegue se destacar na indústria manufatureira de maneira diferente da escolhida pela China, optando por esforços no desenvolvimento de novas tecnologias e inovação, o que requer mão de obra altamente qualificada.
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4. 3º) Estados Unidos
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4/11 (Divulgação)
Assim como aconteceu com a Alemanha, os executivos entrevistados também identificaram uma melhora nas condições dos Estados Unidos entre a pesquisa de 2010 e a mais recente. O país subiu nesse período da quarta para a terceira posição. O país também se destacou em inovação e talento. Além disso, recebeu boas notas em infraestrutura, rede de fornecedores, e fortes sistemas legal e regulatório. A alta competitividade dos Estados Unidos também inclui boas leis de proteção da propriedade intelectual, transferência de tecnologia e integração.
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5. 4º) Índia
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5/11 (Dibysngshu Sarkar/AFP Photo)
O relatório destaca que a posição da Índia como potência em manufatura ainda não está consolidada, já que o país caiu duas posições entre o ranking de competitividade atual e o anterior. As expectativas para os próximos cinco anos indicam, porém, que o país deve subir para a segunda posição. Os empresários citaram como vantagem competitiva da Índia a forte presença de talentos em ciência, tecnologia e pesquisa. Também citaram os baixos custos trabalhistas, entre os menores do mundo. Esses fatores, na visão dos entrevistados, devem ajudar a Índia a conduzir pesquisas e desenvolvimento com eficiência de custos.
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6. 5º) Coreia do Sul
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6/11 (Chung Sung-Jun/Getty Images)
Existem preocupações de longo prazo na Coreia do Sul. O país perdeu duas posições desde a pesquisa de 2010 e a expectativa é que caia para a sexta colocação até 2018. Apesar disso, o país tem vantagens como bons custos para montar estrutura e qualidade de produtos. A política industrial favorável e o alto nível de educação, que reflete em mão de obra qualificada, também são pontos de destaque.
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7. 7º) Canadá
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7/11 (Bruce Bennett/Getty Images)
O país subiu seis posições na pesquisa para 2013, entrando no TOP 10 de competitividade na indústria da manufatura. Os executivos entrevistados destacaram uma indústria bem estabelecida e as grandes exportações do setor automotivo, de maquinário, aéreo e de telecomunicações. Os entrevistados também citaram um ambiente regulatório favorável, apoio do governo a investimentos em manufatura, e proximidade com os Estados Unidos.
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8. 8º) Brasil
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8/11 (Leo Caldas/EXAME.com)
O Brasil caiu recentemente no ranking, mas as perspectivas dos executivos indicam que o
país deve subir em cinco anos, superando inclusive os Estados Unidos e a Alemanha. Para José Othon Tavares de Almeida, líder da Deloitte no Brasil para a indústria manufatureira, o resultado indica que os empresários entrevistados enxergam uma possibilidade de crescimento muito clara no Brasil. “O país vai crescer em taxas mais ou menos constantes nos próximos anos. Essa expansão, associada com condições de fornecimento de matéria prima e energia, e os eventos que estão por vir [como Copa e Olimpíadas], faz com que o mundo olhe para nós com melhores expectativas”, disse. Entre os fatores que ajudam a competitividade brasileira estão investimentos e ações recentes do governo, como o Plano Brasil Maior.
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9. 9º) Cingapura
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9/11 (Wikimedia Commons)
Na visão dos executivos entrevistados, alguns dos fatores que contribuem com a competitividade em Cingapura são o sistema tributário favorável, bons incentivos para pesquisa e inovação, infraestrutura de qualidade e alta proteção de propriedade intelectual. Os executivos também citaram o ambiente favorável para investimentos, consequência da eficiência e transparência do governo e fácil acesso a mão de obra com alto nível de educação.
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10. 10º) Japão
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10/11 (Ken Shimizu/AFP)
O Japão é reconhecido por investimentos em pesquisa inovação e alta capacidade na manufatura. O alto custo de materiais e mão de obra, porém, fez o país cair quatro posições entre a pesquisa de 2010 e a atual. Os altos impostos para empresas, escassez de recursos naturais, volatilidade da moeda e rápido envelhecimento da população também são desafios enfrentados pelo país, segundo apontaram os executivos.
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11. Agora veja uma análise sobre o país
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11/11 (Creative Commons)