Economia

Faturamento da indústria química deve ser 15,8% maior em 2011

Informação é de acordo com estimativas da Associação Brasileira da Indústria Química, a Abiquim

O maior faturamento deverá vir do segmento de produtos químicos de uso industrial com ganhos de US$ 76,2 milhões (Divulgação)

O maior faturamento deverá vir do segmento de produtos químicos de uso industrial com ganhos de US$ 76,2 milhões (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2011 às 09h18.

São Paulo - A indústria química brasileira de uso geral deve encerrar 2011 com um faturamento líquido de 261,9 bilhões de reais, crescimento de 15,8 por cento em relação a 2010, segundo estimativas da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

Em dólares, o valor deve ser de 158,5 bilhões, crescimento de 23,4 por cento. O maior faturamento deverá vir do segmento de produtos químicos de uso industrial, diz a Abiquim, com ganhos de 76,2 milhões de dólares, seguido pelos produtos farmacêuticos, com 25,3 bilhões de dólares.

A receita de fertilizantes deve totalizar 16,9 bilhões de dólares, enquanto Higiene pessoal, perfumaria e cosméticos devem gerar um faturamento de 15,4 bilhões de dólares neste ano.

O resultado, entretanto, não é visto como positivo pela entidade. "Poderia ter sido um bom ano", afirmou o presidente da Abiquim, Fernando Figueiredo, citando o alto volume de importações de produtos químicos neste ano.

De acordo com a Abiquim, que citou dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o déficit comercial da indústria química deverá ser de 25,9 bilhões de dólares em 2011, ante 20,7 bilhões de dólares registrados em 2010.

"Um terço da demanda vem dos importados, enquanto nossas fábricas atuam com forte capacidade ociosa", disse Figueiredo durante abertura de evento do setor químico, em São Paulo, nesta segunda-feira.

"Se 50 por cento desses produtos importados tivesse sido produzido no Brasil, a indústria química poderia ter gerado 60 mil novos empregos diretos... poderia ter realizado investimentos de 25 bilhões de dólares", disse Figueiredo, que citou ainda o alto preço da matéria-prima e da energia elétrica como fatores que dificultam o desempenho da indústria química no Brasil.

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