O rendimento médio real do trabalhador caiu 4% em abril comparado ao mês anterior (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 7 de junho de 2011 às 13h35.
Brasília - O faturamento industrial voltou a crescer em abril. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o faturamento cresceu 4,3% na comparação com o mês anterior. Em março ante fevereiro, o faturamento real havia caído 5,2%.
O crescimento real dessazonalizado em abril (que desconsidera influências típicas do período) foi de 4,9%, quando comparado com o mesmo mês de 2010.
Na média dos quatro primeiros meses do ano, o faturamento cresceu 6,5% quando comparado ao mesmo período de 2010.
O gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, considera que o ritmo de expansão da economia brasileira está em acomodação. “A indústria é o setor que bem caracteriza essa acomodação do crescimento”, afirmou. Segundo ele, o menor ritmo de crescimento é resultado dos aumentos da taxa básica de juros, a Selic, e da queda do dólar ante o real, que “prejudica as exportações e leva ao aumento da penetração das importações no mercado brasileiro”.
Segundo os dados da CNI, a indústria operou com a média de 82% da capacidade instalada, queda de 0,4 ponto percentual ante março deste ano. Esse é o menor patamar desde fevereiro de 2010. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a utilização da capacidade instalada caiu 1 ponto percentual, a primeira queda desde outubro de 2009, na mesma base de comparação.
O emprego na indústria ficou praticamente estável (queda de 0,1%) em abril, em relação a março deste ano. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve alta de 2,8% em abril.
O rendimento médio real do trabalhador caiu 4% em abril na comparação com o mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de 2010, houve crescimento de 1,5%.
De acordo com Castelo Branco, o mercado de trabalho está se adaptando ao ritmo menor de expansão da economia, mas a expectativa é que, na média, a taxa de crescimento do emprego seja positiva. “Mas serão taxas bem mais modestas do que as que dominaram 2009 e 2010”, afirmou.