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FAO adverte sobre ameaça internacional da febre aftosa

Roma - A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) pediu hoje uma maior vigilância internacional com relação à febre aftosa, após os recentes focos da doença registrados no Japão e na Coreia do Sul. "Estamos preocupados porque as rigorosas medidas não foram eficientes, o que aponta um nível de infecção […]

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2010 às 09h42.

Roma - A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) pediu hoje uma maior vigilância internacional com relação à febre aftosa, após os recentes focos da doença registrados no Japão e na Coreia do Sul.

"Estamos preocupados porque as rigorosas medidas não foram eficientes, o que aponta um nível de infecção em grande escala nas áreas de origem da doença, muito provavelmente no Extremo Oriente", afirmou Juan Lubroth, Chefe do Serviço Veterinário da FAO.

"Nos últimos 9 anos, os casos nos países oficialmente livres de febre aftosa, como eram Japão e Coreia do Sul, foram extremamente raros, por isso que os três focos destes quatro meses constituem um motivo de preocupação", assinalou o especialista.

"Devemos questionar se não estamos diante de uma repetição da desastrosa epidemia transcontinental de febre aftosa de 2000-2001 que se propagou à África do Sul, Reino Unido e Europa após incursões precedentes no Japão e Coreia do Sul", acrescentou Lubroth.

O foco de febre aftosa de 2001 provocou só no Reino Unido perdas de 8 bilhões de libras (US$ 12 bilhões) na agricultura, pecuária comércio e turismo.

Para impedir a propagação da doença, mais de 6 bilhões de ovelhas e vacas foram mortas no Reino Unido, assegurou a nota.

Ainda não foram identificadas as rotas que seguiu o vírus, mas os analistas afirmam que é possível que a infecção se originasse na cadeia alimentícia, ao ingerir os porcos restos de carne infectados.

Entender como ocorrem estas fissuras para impedir situações similares em outros lugares, explicou.

"Nestas circunstâncias, devemos considerar que todos os países estão em perigo, e seria bom revisar as medidas preventivas e a capacidade de resposta", advertiu Lubroth.

O fortalecimento da segurança incluirá provavelmente uma nova análise das possíveis rotas de entrada e medidas para intensificar o controle da doença, um aumento da sensibilização sobre a febre aftosa para ajudar a informar dos casos de forma adiantada, e controles mais rigorosos em portos e aeroportos, referiu.

A febre aftosa é uma doença muito contagiosa que atinge bovinos, ovinos, caprinos e suínos. Provoca febre alta e lesões características na boca e as patas dos animais e não afeta aos humanos, concluiu o comunicado.

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