Economia

FAO: açúcar e cereais estimulam encarecimento de alimentos

Nos dois primeiros meses deste ano, os preços dos alimentos subiram, em média, 1% no mundo, segundo a FAO

Dos produtos que apresentaram elevação mais acentuada, o principal foi o açúcar que registrou 2,4% de elevação (Divulgação)

Dos produtos que apresentaram elevação mais acentuada, o principal foi o açúcar que registrou 2,4% de elevação (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2012 às 20h38.

Brasília – Nos dois primeiros meses deste ano, os preços dos alimentos subiram, em média, 1% no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Houve produtos, porém, em que a alta chegou a 2,4%, como é o caso do açúcar. Foi o primeiro aumento considerado elevado em seis meses. Os dados estão no relatório sobre a Situação Alimentar no Mundo.

Os pesquisadores da FAO informaram que o aumento foi estimulado pela alta dos preços do açúcar, dos óleos e cereais. O leite e os derivados tiveram os preços mantidos, sem alterações acentuadas. Para a FAO, a alta dos preços foi gerada por uma série de fatores.

Segundo os analistas, o valor do dólar mais baixo, a crise econômica internacional e as mudanças climáticas afetando as produções em vários locais do mundo colaborararam para aumentar os preços dos produtos de forma geral.

Dos produtos que apresentaram elevação mais acentuada, o principal foi o açúcar que registrou 2,4% de elevação. No relatório da FAO, o Brasil é mencionado porque várias regiões produtoras do país sofreram com as condições meteorológicas desfavoráveis.

Os cereais, puxados pelo trigo, milho e arroz, puxaram esse grupo, e os óleos registraram aumento médio de 2%. As más condições meteorológicas na Ásia e na Rússia também afetaram a produção dos cereais, segundo a pesquisa. Porém, para 2012, a previsão é haver a segunda maior produção de trigo dos últimos cinco anos – cerca de 690 milhões de toneladas.

Ao mencionar as questões regionais, o relatório cita a América do Sul que sofreu com a seca prolongada. De acordo com os dados, o Brasil e a Argentina foram os países mais atingidos, perdendo parte da safra de milho para 2012 e estimulando a alta do preço do produto. Na América Central, o tempo seco também afetou o plantio do milho.

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