Com isso, e maior demanda por combustíveis, os gastos com transportes aumentaram entre um levantamento e outro de 15,1% para 16% do orçamento (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 14 de setembro de 2012 às 14h53.
Rio de Janeiro - Os gastos das famílias brasileiras com compra de remédios, serviços médicos e bens duráveis, como carros e eletrodomésticos, aumentaram, mas diminuíram com alimentação, educação e cultura, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta sexta-feira.
O levantamento, feito com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008-2009, revelou que os gastos familiares para a compra de carros, por exemplo, consumiam 6,9 por cento do orçamento da casa, em relação a 5,9 por cento na pesquisa anterior, de 2002-2003.
Com isso, e maior demanda por combustíveis, os gastos com transportes aumentaram entre um levantamento e outro de 15,1 para 16 por cento do orçamento, praticamente o mesmo percentual orçamentário destinado à alimentação (16,1 por cento).
Gastos com outros bens duráveis, os eletrodomésticos, avançaram entre uma pesauisa e outra de 1,9 para 2,1 por cento.
Entre o fim de 2008 e o início de 2009, o governo adotou uma política de redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para bens duráveis para enfrentar a crise hipotecária norte-americana do subprime e reativar a economia brasileira.
A mesma medida foi adotada este ano para fazer frente à crise global.
Por outro lado, os gastos dos brasileiras com alimentação, cultura e educação encolheram no orçamento familiar. Segundo o IBGE, a fatia destinada à alimentação baixou de 16,9 para 16,1 por cento, à educação de 3,3 para 2,5 por cento e para cultura e recreação de 1,9 para 1,6 por cento.
Com relação à saúde, a POF 2008-2009 mostrou que os brasileiros estão gastando mais. O peso no orçamento familiar subiu de 5,7 por cento para 5,9 por cento, com destaque para a compra de remédios, que avançou de 2,6 por cento para 2,8 por cento, e com o desembolso relativo a planos e seguros de saúde, que passou de 1,5 por cento para 1,7 por cento.
"A análise das prioridades dos gastos das famílias aponta para uma possível melhoria nas condições de saúde da população ou para a hipótese de que o atendimento do serviço público tenha sido mais eficiente", mostrou o levantamento do IBGE.