Economia

Famílias destinam 42% dos gastos com cultura para telefonia

Famílias gastaram 8,6% do orçamento em produtos e serviços relacionados à cultura, entre 2007 e 2010. A maior parte (42%) em telefonia


	Telefone: os gastos com cultura, incluindo telefonia, foram menores em comparação às despesas com habitação (30,8%), alimentação (19,8%) e transporte (19,6%)
 (Wikimedia Commons / Garvid)

Telefone: os gastos com cultura, incluindo telefonia, foram menores em comparação às despesas com habitação (30,8%), alimentação (19,8%) e transporte (19,6%) (Wikimedia Commons / Garvid)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2013 às 11h02.

Rio de Janeiro – As famílias brasileiras gastaram 8,6% do orçamento mensal em produtos e serviços relacionados à cultura, entre 2007 e 2010, o equivalente a R$ 184,57. A maior parte dessa despesa foi para telefonia, equivalente a 42% do total gasto com cultura (R$ 78,26). Em seguida, aparecem compras de eletrodomésticos (15,7%) e com lazer e festas (14,1%).

As informações fazem parte do Sistema de Informações e Indicadores Culturais 2007-2010, divulgado hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os gastos com cultura, incluindo telefonia, foram menores em comparação às despesas com habitação (30,8%), alimentação (19,8%) e transporte (19,6%) - grupo em que as famílias mais gastam. Porém, superaram os gastos com assistência à saúde, vestuário, educação e despesas diversas.

Excluindo as despesas com telefonia, os gastos com cultura representaram 5% do total de despesas das famílias, R$ 106,32.

As famílias com maior renda (acima de R$ 6.225) gastaram com cultura 9,7% do orçamento total, R$ 707,33, incluindo a telefonia. Aquelas com menor rendimento (R$ 830) gastaram 6%.

Nas famílias em que um dos responsáveis tinha nível superior completo, a média de gasto com cultura chegou a 7% (R$ 563,38), cerca de seis vezes o valor gasto por famílias em que o principal responsável não tinha instrução ou fundamental incompleto, equivalente a 5,8% (R$ 96,78).

Nas famílias em que o principal responsável era homem, as despesas equivaleram a 6,5% (R$ 193,09) no período estudado, ante 7,1% (R$ 165,52) naquelas em que a mulher era a chefe da família.

Pessoas que vivem sozinhas gastaram em média 6% (R$ 125,89) do orçamento com produtos e serviços relacionados à cultura, enquanto casais com filhos desembolsaram 7% (R$ 209,68).

Segundo a pesquisa, o valor gasto com cultura pelas famílias chefiadas por responsáveis que se declararam negro ou pardo chegou a 6,6% do orçamento, equivalente a R$ 125,66 e R$ 130,11 respectivamente. Nas famílias chefiadas por um responsável que se declarou branco, o gasto equivale a 6,7% do orçamento delas (R$ 237,81).

Na terceira edição, o Sistema de Informações e Indicadores Culturais 2007-2010 foi feito em parceria com o Ministério da Cultura, com o objetivo de organizar e sistematizar informações para a construção de indicadores relacionados ao setor cultural brasileiro.

Acompanhe tudo sobre:EstatísticasFamíliaIBGETelecomunicações

Mais de Economia

Senado aprova em 1º turno projeto que tira precatórios do teto do arcabouço fiscal

Moraes mantém decreto do IOF do governo Lula, mas revoga cobrança de operações de risco sacado

É inacreditável que Trump esteja preocupado com a 25 de Março e Pix, diz Rui Costa

Tesouro: mesmo com IOF, governo precisaria de novas receitas para cumprir meta em 2026