Economia

Famílias de vítimas de Lockerbie pedem justiça para atentado

Americanos pedem que os autores do atentado de 1988 sejam julgados pelo novo governo da Líbia; Kadafi assumiu que participou da ação

Destroços do cockpit do Boeing 747 da Pan Am após a explosão do avião, em Lockerbie (Letkey/AFP)

Destroços do cockpit do Boeing 747 da Pan Am após a explosão do avião, em Lockerbie (Letkey/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2011 às 16h25.

As famílias das vítimas americanas do atentado de Lockerbie saudaram nesta quinta-feira o povo líbio pela morte de Muammar Kadafi, mas pediram que os novos dirigentes da Líbia levem os demais autores do atentado à Justiça.

Kadafi foi acusado de ordenar, em 1988, o atentado contra um jumbo da PanAm que explodiu sobre a localidade escocesa de Lockerbie, matando as 259 pessoas que estavam no avião, a maioria americanos, bem como 11 escoceses em terra.

O único condenado, o agente líbio Abdelbaset Ali Mohmet al-Megrahi, foi libertado pela Escócia por razões humanitárias em 2009, depois que os médicos disseram que restavam a ele três meses de vida. Al-Megrahi voltou para a Líbia, onde ainda se encontra.

"Em primeiro lugar, queremos cumprimentar o povo líbio por sua coragem e determinação", afirmaram em um comunicado publicado na página oficial de vítimas do voo Pan Am 103.

"Durante mais de 20 anos, as famílias das vítimas do Voo PanAm 103 lutaram incansavelmente em busca de justiça e a justiça exige que o regime tirânico de Kadafi tenha que prestar contas pela morte de nossos entes queridos", disseram.

"Embora hoje seja um grande dia para o povo líbio e para a luta universal pela liberdade, nosso trabalho não terminou. O agente líbio condenado (...) continua na Líbia e outros funcionários líbios implicados no atentado não foram capturados", enfatizaram.

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