Economia

Famílias começam o ano mais inclinadas ao consumo

O Índice de Intenção de Consumo das Famílias chegou a 139,7 pontos em janeiro, um crescimento de 1,8% em relação a dezembro de 2011

Resultados indicam que, apesar de menos crescimento, as famílias mantêm elevada confiança em relação ao mercado de trabalho, puxando o aumento da intenção de consumo  (Germano Lüders/EXAME.com)

Resultados indicam que, apesar de menos crescimento, as famílias mantêm elevada confiança em relação ao mercado de trabalho, puxando o aumento da intenção de consumo (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2012 às 10h17.

Rio de Janeiro - As famílias brasileiras começaram o ano de 2012 mais inclinadas a consumir. É o que mostra o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O ICF chegou a 139,7 pontos em janeiro, um crescimento de 1,8% em relação a dezembro de 2011. Na comparação com janeiro do ano passado, a alta foi de 0,3%.

De acordo com a CNC, a maior moderação do consumo no período de Natal, o reajuste de 14,1% do salário mínimo e a adoção pelo governo de medidas de incentivo ao crédito levaram a um aumento da confiança das famílias no que diz respeito ao consumo, mesmo em um período do ano em que costuma haver menor disposição às compras, devido às despesas extras características do período, como impostos.

Todos os componentes do índice tiveram variação positiva, a primeira vez desde agosto de 2011. Em relação a dezembro, houve aumento na confiança sobre o emprego atual (1%), a perspectiva profissional (0,8%), a renda atual (1,2%), a compra a prazo (1,3%), o nível de consumo atual (4,1%), a perspectiva de consumo (0,1%) e o momento para duráveis (4,6%).

Os resultados indicam que, apesar do ritmo menor de crescimento, as famílias mantêm elevada confiança em relação ao mercado de trabalho. Essa visão otimista foi o que puxou o aumento da intenção de consumo (0,3%) em relação a janeiro de 2011, após três meses de queda nesse tipo de comparação. O resultado foi influenciado, principalmente, pelos componentes ligados ao trabalho: a confiança do emprego atual teve alta de 1,4% e a de perspectiva profissional cresceu 3,5%.

O aumento na intenção de consumo ocorreu tanto entre as famílias que recebem mais de dez salários - expansão de 1,5% em janeiro ante dezembro de 2011, aos 148,9 pontos - quanto entre as famílias com renda de até dez salários mínimos - crescimento de 1,8% na intenção de consumo, aos 139,7 pontos. Em relação a dezembro, os dados regionais mostram aumento na intenção de consumo no Sudeste (3,1%) e no Norte (6,0%).

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