Taxa composta de subutilização da força de trabalho teve ligeiro recuo de 24,7% no primeiro trimestre de 2018 para 24,6% no segundo trimestre do ano (Reinaldo Canato/VEJA)
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de agosto de 2018 às 09h59.
Rio - A taxa composta de subutilização da força de trabalho teve ligeiro recuo de 24,7% no primeiro trimestre de 2018 para 24,6% no segundo trimestre do ano, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) trimestral, divulgados nesta quinta-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado equivale a dizer que faltava trabalho para 27,636 milhões de pessoas no país no segundo trimestre deste ano.
O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas estariam disponíveis para trabalhar.
No segundo trimestre de 2017, a taxa de subutilização da força de trabalho estava mais baixa, em 23,8%.
O Brasil alcançou o recorde de 4,833 milhões de pessoas em situação de desalento no segundo trimestre de 2018, o maior patamar da série histórica da Pnad Contínua iniciada em 2012 pelo IBGE.
O resultado significa quase 200 mil desalentados a mais em apenas um trimestre. No primeiro trimestre do ano, o País tinha 4,630 milhões de pessoas nessa situação. No primeiro trimestre de 2012, início da série histórica da pesquisa, essa população totalizava 1,995 milhão.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.
A taxa de desalento ficou em 4,4% da força de trabalho ampliada no segundo trimestre de 2018, também a mais elevada da série histórica. Entre as unidades da federação, Alagoas (16,6%) e Maranhão (16,2%) registraram as maiores taxas de desalento. O Rio de Janeiro (1,2%) e Santa Catarina (0,7%) tiveram os menores resultados.