Em discursos pelo país, presidentes regionais do Fed apresentaram seus motivos para se opor à atual rodada de compras de ativos em larga escala (Karen Bleier/AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2012 às 11h17.
Membros do Federal Reserve que são mais duros em relação à inflação juntaram-se na quinta-feira para criticar as tentativas agressivas do banco central dos Estados Unidos de impulsionar a recuperação econômica do país, considerando-as mal orientadas e arriscadas.
Em discursos pelo país, presidentes regionais do Fed apresentaram seus motivos para se opor à atual rodada de compras de ativos em larga escala do banco central dos EUA, incluindo o risco de inflação e a perspectiva de os políticos não verem a necessidade de agir.
"As política extraordinárias que o Fed têm perseguido apresentam riscos de prazo mais longo. Entre eles estão o risco moral, inflação futura e perda da credibilidade institucional", afirmou o presidente do Fed da Filadélfia, Charles Plosser.
Jeffrey Lacker, presidente do Fed de Richmond e que tem sido um voto dissidente em toda reunião de política neste ano, afirmou que a atual recuperação anêmica, mas contínua, não justifica mais estímulo pelo banco central norte-americano.
"Deveríamos ser conservadores agora em vez de afrouxar mais a política", disse Lacker na conferência Perspectiva Economica da Virginia Ocidental. "Não está claro se a política monetária, por si só, pode trazer qualquer melhora material no crescimento econômico neste momento." Ainda assim, em um discurso na quinta-feira o chairman do Fed, Ben Bernanke, destacou a fraqueza no mercado imobiliário, um importante componente na recuperação econômica que segundo ele o Fed quer ajudar.
"Embora haja bons motivos para ficar animado com a direção recente do mercado imobiliário, não devemos ficar satisfeitos com o progresso que vimos até agora", disse Bernanke durante evento em Atlanta.