Economia

Fala de Tombini pesa nos juros e no câmbio

O presidente do BC disse que o banco pode ajustar os instrumentos para baixar a inflação


	Câmbio: o dólar à vista no balcão tinha alta de 0,25%, a R$ 2,4290
 (Bruno Domingos/Reuters)

Câmbio: o dólar à vista no balcão tinha alta de 0,25%, a R$ 2,4290 (Bruno Domingos/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 11h26.

São Paulo - A volatilidade dá o tom do mercado doméstico nesta quinta-feira, 13, diante de declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, do fraco resultado das vendas no varejo brasileiro, das incertezas no lado fiscal e de inflação por causa do setor elétrico, além da realização de lucros nas bolsas internacionais após rali recente.

Os investidores aguardam agora pela divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, na semana passada, que sai às 11h30.

Os juros futuros subiam influenciados por Tombini, que disse, em entrevista à revista Exame desta semana, que o BC pode ajustar os instrumentos para baixar a inflação, o que pode significar que o fim do ciclo de aperto não estar tão perto do fim. A fala de Tombibi também pesou brevemente no dólar, que chegou a cair, mas sobe novamente alinhado com a movimento ante outras moedas ligadas a commodities.

O dólar à vista no balcão tinha alta de 0,25%, a R$ 2,4290. O DI para janeiro de 2015 estava em 11,46%, de 11,37% ontem e o DI para janeiro de 2017 estava em 12,90%, de 12,84% no ajuste de ontem.

O gerente de câmbio da Correparti, João Paulo de Gracias Corrêa, disse à jornalista Silvana Rocha que "o mercado entendeu que o BC poderá reforçar o ritmo de alta da Selic em sua reunião nos dias 25 e 26 de fevereiro ou poderá ainda aumentar a injeção de liquidez no câmbio, a fim de amenizar o impacto do dólar alto sobre os preços na economia".

As declarações do diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton, que apresentou esta manhã o Boletim Regional do Banco Central, em Curitiba, vieram em linha e não mudaram o humor do mercado doméstico.

Acompanhe tudo sobre:Alexandre TombiniBanco CentralCâmbioDólarEconomistasMercado financeiroMoedasPersonalidades

Mais de Economia

Governo zera tarifas de importação de remédios para câncer, pneus e defensivos agrícolas

Fux defende ‘ajustes’ em regras sobre bets, que devem ir a julgamento no STF no início de 2025

Lula e Haddad voltam a se reunir para discutir pacote de corte de gastos

Fim da escala de trabalho 6x1: o que diz texto? Quais são regras hoje? Veja perguntas e respostas