Economia

Extensão do PSI beneficia produção nacional, diz BNDES

Segundo presidente da instituição, medidas anunciadas por Mantega levarão a juros de 3% ao ano no primeiro semestre de 2013


	O presidente do BNDES, Luciano Coutinho: benefício se estenderá a bens de capital voltados para agricultura, partes, peças e componentes
 (Elza Fiúza/Abr)

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho: benefício se estenderá a bens de capital voltados para agricultura, partes, peças e componentes (Elza Fiúza/Abr)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2012 às 18h56.

Brasília - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou nesta quarta-feira que a extensão do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para o próximo ano representará um incentivo significativo ao investimento, principalmente para máquinas, equipamentos e bens de capital produzidos no Brasil com índice "razoável" de conteúdo brasileiro.

Além disso, segundo ele, também beneficiará bens de capital voltados para agricultura, partes, peças e componentes. De acordo com ele, os juros incidentes sobre essas linhas serão de 3% ao ano no primeiro semestre de 2013 e de 3,5% ao ano na segunda metade do ano. Entram nesse grupo, conforme Coutinho, todas as máquinas comerciais, equipamentos ferroviários, bens de capital e, no caso da agricultura, tratores, colheitadeiras e implementos agrícolas. "Além disso, todas as partes de fabricação nacional também se beneficiam das mesmas condições de 3% no primeiro e de 3,5% no segundo semestre", disse.

Taxas

Falando após o anúncio das medidas feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, Coutinho explicou que a extensão do PSI proporcionará taxas de juros de 3% ao ano na primeira metade de 2013, e de 4% ao ano no segundo semestre para ônibus, caminhões, agregados e itens que fazem parte do programa Procaminhoneiro. "As taxas continuam muito favoráveis também para outros segmentos", disse.


Coutinho citou como exemplo as linhas voltadas para grandes projetos de energia elétrica, que terão juros de 5,5% ao ano ao longo de 2013. Essa também é a taxa voltada para programas de apoio de recuperação de desastres naturais e emergências, segundo o presidente do BNDES.

Coutinho salientou que as exportações de bens de capital, que antes tinham taxas próximas a 8% ao ano, passam a pagar juros de 5,5% ao ano no primeiro e segundo semestres de 2013. "No caso de exportação de bens de consumo, onde existe maior disponibilidade de crédito, a taxa será de 8%. E para todo o conjunto relacionado à inovação, desenvolvimento de tecnologia e projetos de engenharia avançada para várias cadeias importantes, a taxa será de 3,5% ao ano ao longo de 2013", afirmou. "Estamos priorizando de forma marcante a inovação tecnológica", disse.

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