Economia

Exportar é a melhor solução para os gaúchos em 2003, prevê Fiergs

Exportar é a melhor oportunidade para os gaúchos em 2003, pelo menos na opinião da Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul). Com inflação e perdas salariais, não é possível contar com a demanda interna para alavancar a produção , diz Renan Proença, presidente da Fiergs. A assessoria econômica da entidade fez um […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h26.

Exportar é a melhor oportunidade para os gaúchos em 2003, pelo menos na opinião da Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul). Com inflação e perdas salariais, não é possível contar com a demanda interna para alavancar a produção , diz Renan Proença, presidente da Fiergs. A assessoria econômica da entidade fez um estudo que aponta crescimento econômico para o estado de 2,6% nos próximos 12 meses. O crescimento do PIB gaúcho em 2002, segundo a Fiergs, foi próximo de zero. A projeção é de um crescimento de 4,68% na atividade econômica industrial em 2003, contra os 2% previstos para este ano. O crescimento industrial será puxado por alguns setores, como máquinas agrícolas e fumo , diz Proença.

Cenários para o Brasil

As projeções da assessoria econômica da Fiergs são apoiadas em dois cenários hipotéticos para 2003:

Cenário 1:

  • O governo ganha a confiança do mercado
  • Há comprometimento com estabilidade de preços e austeridade fiscal
  • Manutenção de uma relação estreita com FMI, BIRD e BID
  • Apoio político para reformas, especialmente tributária e previdenciária
  • Estabilidade cambial

    Nesse cenário, há uma projeção de crescimento econômico de 2,18%, insuficiente para absorver a oferta de mão-de-obra, resultando num pequeno aumento da taxa de desemprego, inflação de 10% e superávit primário de 4,2% do PIB. A economia brasileira deverá reduzir sua dependência externa, com aumento das exportações que devem gerar superávit de 13,8 bilhões de dólares. Ainda nesse cenário, o dólar ficaria cotado ao redor de 3,80 reais.

    Cenário 2:

  • O governo não ganha a aprovação do mercado
  • Ocorre perda de popularidade
  • Falta apoio político para as reformas
  • Aumenta a incerteza

    Esse cenário só se configuraria a partir do segundo semestre, após um período de teste do novo governo. Nesse caso, o impacto na atividade econômica, índices de preços e taxa de desemprego ficaria reduzido. Com esse cenário, mesmo o governo mantendo o superávit primário de 3,75% do PIB, acordado com o FMI, o aumento da incerteza terá impacto no mercado financeiro com o dólar podendo bater em 4,25 reais, a taxa de juros em 24% e a inflação medida pelo IPCA, em 13%.

    Conclusão

    Diante dos dois cenários possíveis desenhados pela assessoria econômica da Fiergs, a entidade alerta para a necessidade de ajuste do setor público, tanto federal, como estadual. Se a sociedade brasileira deseja manter suas principais conquistas dos últimos anos, como a estabilidade de preços e a lei da responsabilidade fiscal, deverá cobrar de seus governos as reformas necessárias para devolver ao setor público a sua capacidade de investimento sem retroceder ao período de inflação elevada , diz Proença.

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