Economia

Exportações e importações da China sobem em setembro

Importações subiram 18,7% em relação a setembro do ano passado, acima da projeção dos analistas

Bandeira da China (Damir Sagolj/Reuters)

Bandeira da China (Damir Sagolj/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de outubro de 2017 às 06h53.

Pequim - A China registrou uma alta acentuada em suas exportações e importações em setembro, em uma mostra da resistência da segunda maior economia do mundo antes do Congresso do Partido Comunista, que começa na próxima semana.

As exportações do país cresceram 8,1% em setembro ante igual mês de 2016, segundo dados oficiais, no sétimo avanço consecutivo, mas abaixo da previsão de avanço de 10% dos economistas ouvidos pelo Wall Street Journal.

As importações tiveram alta de 18,7% em setembro na mesma comparação, acima da projeção de avanço de 15,0% dos analistas.

O avanço nas exportações tem sido um fator importante no crescimento econômico acima do esperado da China no primeiro semestre.

Em agosto, as exportações haviam crescido 5,5% no país na comparação anual. Já o aumento nas importações é resultado tanto da alta nos preços das commodities quanto da melhora na demanda doméstica.

A força das importações do país é uma boa notícia globalmente, já que muitos economistas, especialmente na Ásia, continuam a depositar muita confiança na demanda da China.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a projeção para o crescimento econômico de vários países da Ásia neste ano para refletir uma visão mais otimista sobre a demanda chinesa.

Com o resultado mais forte de importações, o superávit comercial da China diminuiu a US$ 28,47 bilhões em setembro, de quase US$ 42 bilhões no mês anterior. O superávit foi o menor em seis meses e veio abaixo da projeção de US$ 37,3 bilhões dos economistas.

Por outro lado, o superávit comercial da China com os EUA aumentou a US$ 28,08 bilhões em setembro, de US$ 26,23 bilhões em agosto, atingindo o maior patamar mensal já registrado na série histórica iniciada em 1995.

Esse resultado pode levar o governo do presidente Donald Trump a adotar medidas de retaliação. Trump deve visitar a China no início de novembro.

As exportações receberam um impulso neste ano com o lançamento de novos smartphones da Apple e da Samsung.

O economista Liu Xuezhi, do Bank of Communications, afirmou que, graças à demanda global "robusta", não se viu "qualquer desaceleração substancial que muitos esperavam no início do ano" na China.

A China divulga números do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre na próxima semana. Economistas ouvidos pelo Wall Street Journal projetam crescimento de 6,8%, uma desaceleração ante o ritmo de 6,9% mantido no primeiro semestre. A meta de crescimento chinês para todo o ano atual é de 6,5%.

Além disso, o investimento estrangeiro direto (IED) da China aumentou 17,3% na comparação anual em setembro, para 70,63 bilhões de yuans (US$ 10,71 bilhões), informou o Ministério do Comércio nesta sexta-feira.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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