Economia

Exportações de petróleo caem 34,7% em maio

Frente à abril houve redução de 20,9 por cento, quando o valor arrecadado atingiu 2,25 bilhões de dólares

A descoberta reativa as esperanças de um novo "Eldorado" neste território vizinho do Brasil
 (Alfredo Estrella/AFP)

A descoberta reativa as esperanças de um novo "Eldorado" neste território vizinho do Brasil (Alfredo Estrella/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2012 às 22h59.

São Paulo - As exportações de petróleo do Brasil em maio somaram 2,30 milhões de toneladas, volume 34,7 por cento menor que o total exportado no mesmo período de 2011, quando atingiram 3,53 milhões de toneladas.

Em comparação ao mês anterior, em abril, também houve queda de 18,6 por cento, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), divulgados nesta sexta-feira.

Em termos financeiros, também houve queda da arrecadação com as vendas em maio, quando a receita com exportações de petróleo atingiu 1,77 bilhão de dólares, valor 33,6 por cento menor que o mesmo mês de 2011, quando chegou a 2,68 bilhões de dólares.

Frente à abril houve redução de 20,9 por cento, quando o valor arrecadado atingiu 2,25 bilhões de dólares.

Segundo o analista da corretora Geração Futuro, Lucas Brendler, a desvalorização do real frente ao dólar, e a queda dos preços do petróleo nas últimas semanas refletiram na redução do faturamento com as vendas de petróleo.

A queda dos embarques físicos é explicada, segundo o analista, pela deterioração do cenário econômico externo, que tem se mostrado cada vez mais adverso, com queda da demanda global da commodity.


"Há um desaquecimento da economia mundial e o cenário externo mudou bastante", disse. "Além disso, há uma sobreoferta conjuntural de petróleo do Oriente Médio, com países como a Arábia Saudita bombeando volumes recordes, ao mesmo tempo em que há uma retração da demanda, como a da China".

Fatores domésticos também influenciaram a queda, segundo o analista. Um desses fatores seria a mudança no perfil das refinarias brasileiras, que estão se modernizando e se adaptando para receber cada vez mais o petróleo pesado produzido na costa brasileira, e não o mais leve, importado.

"As refinarias da Petrobras estão sendo preparadas para receber o produto local em vez do importado, o que impacta nas exportações".

Além disso, cogita-se que a estatal tenha acelerado os embarques físicos de petróleo no primeiro trimestre para obter um certo fôlego financeiro no período, disse Brendler.

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