Economia

Exportações de máquinas e equipamentos crescem 39,8% fevereiro

Vendas para o exterior totalizaram US$ 848,64 milhões no mês, segundo relatório da Abimaq

Máquinas brasileiras: América Latina é o maior destino das exportações, respondendo por 34,8% do total (BMW/Divulgação)

Máquinas brasileiras: América Latina é o maior destino das exportações, respondendo por 34,8% do total (BMW/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 28 de março de 2018 às 18h17.

As exportações do setor de máquinas e equipamentos tiveram alta de 39,8% em fevereiro em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Segundo o balanço divulgado hoje (28) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), as vendas para o exterior totalizaram US$ 848,64 milhões no mês. No acumulado do primeiro bimestre, a comercialização de bens de capital para outros países chegou a US$ 1,67 bilhão, um crescimento de 58,7% na comparação com o mesmo período de 2017.

O faturamento total do setor cresceu 2,2% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado. As indústrias do ramo tiveram receita líquida de R$ 5,07 bilhões em fevereiro e de R$ 9,5 bilhões no primeiro bimestre, uma expansão de 1,1% sobre 2017.

Segundo a gerente de Economia e Estatística da Abimaq, Cristina Zanella, foram as exportações que impulsionaram o aumento do uso da capacidade instalada do setor, que ficou em 74% em fevereiro, 6,7% maior do que no período equivalente de 2017. "O mercado doméstico ainda está patinando um pouco. Ele cresceu em fevereiro em relação a janeiro, mas no bimestre ainda continua acumulando uma queda importante. Esse aumento do uso da capacidade instalada está relacionada a um aumento da produção que está sendo direcionada para o mercado externo", destacou.

A América Latina é o maior destino das máquinas brasileiras, respondendo por 34,8% do total. Os Estados Unidos são responsáveis por 24,2% das compras no exterior e a Europa por 19,4%. Do total vendido para outros países, 35,1 % foram equipamentos para a construção civil. O ramo cresceu 83,3% no acumulado dos primeiros dois meses do ano em relação com 2017.

Apesar de ressaltar que o Brasil vive um processo constante de desindustrialização, o presidente da Abimaq, João Carlos Marchesan, disse que as expectativas para 2018 são melhores do as do ano passado. "Nós já estamos sentindo uma retomada, mesmo porque chega um momento que chega à exaustão, as máquinas precisam ser repostas, renovadas. Haverá uma retomada este ano. Levando em conta os números que nós estamos pegando agora, deverá fica na faixa de 5% a 8%", avaliou.

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