Economia

Exportações na China saltam 14,2% em março, mas importações decepcionam

Superávit comercial chinês atingiu US$ 32,64 bilhões em março, bem acima dos US$ 4,12 bilhões registrados em fevereiro

Exportações chinesas tiveram resultado acima do esperado pelo mercado (China Stringer Network/Reuters)

Exportações chinesas tiveram resultado acima do esperado pelo mercado (China Stringer Network/Reuters)

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Reuters

Publicado em 12 de abril de 2019 às 05h53.

Última atualização em 12 de abril de 2019 às 09h24.

Pequim — As exportações da China se recuperaram em março mas as importações encolheram pelo quarto mês seguido e a um ritmo mais forte, indicando um cenário misto da economia conforme as negociações comerciais com os Estados Unidos avançam para um fim.

Investidores aguardam sinais de recuperação econômica na China para aliviar os temores sobre a desaceleração do crescimento global, mas observadores veteranos do país disseram que os ganhos em exportação podem se dever mais a fatores sazonais do que qualquer melhora na demanda global, já que a expectativa era de salto nos embarques após feriado em fevereiro.

As exportações em março subiram 14,2 por cento sobre o ano anterior, mostraram dados da alfândega nesta sexta-feira, crescimento mais forte em cinco meses. Economistas consultados pela Reuters projetavam ganho de 7,3 por cento após queda de 20,8 por cento em fevereiro.

Os embarques aceleraram cerca de 3 por cento na comparação mensal, sugerindo alguma melhora na demanda externa, disse em nota Julian Evans-Pritchard, economista da Capital Economics. Mas ele afirmou que as exportações ainda não se recuperaram totalmente da forte desaceleração no final do ano passado.

Ampliando as preocupações, as importações da China caíram mais do que o esperado, sugerindo que a demanda doméstica permanece fraca.

As importações recuaram 7,6 por cento sobre o ano anterior, pior do que a expectativa de queda de 1,3 por cento e acima do recuo de 5,2 por cento em fevereiro.

Isso deixou o país com um superávit comercial de 32,64 bilhões de dólares no mês, de acordo com cálculos da Reuters com base nos dados oficiais, bem acima da expectativa de 7,05 bilhões de dólares.

No primeiro trimestre, as exportações subiram 1,4 por cento sobre o ano anterior, enquanto as importações caíram 4,8 por cento.

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