Economia

Exportação de soja do Brasil supera 10 mi t em abril, diz Secex

Desempenho é legeiramente menor do que as 10,43 milhões de toneladas de grão exportadas no mesmo período de 2017

Soja: exportações brasileiras somaram cerca de 23,5 milhões de toneladas no acumulado do ano até abril (Enrique Marcarian/Reuters)

Soja: exportações brasileiras somaram cerca de 23,5 milhões de toneladas no acumulado do ano até abril (Enrique Marcarian/Reuters)

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Reuters

Publicado em 2 de maio de 2018 às 21h47.

As exportações de soja do Brasil, maior exportador global da oleaginosa, somaram 10,26 milhões de toneladas em abril, ligeira queda na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta quarta-feira.

Os volumes, contudo, não ficaram muito distantes do recorde histórico do país, registrado em maio de 2017.

Os grandes embarques brasileiros de soja, principal produto da pauta de exportação do país, ocorrem após a colheita de uma safra recorde no Brasil e em meio a tensões comerciais entre China e Estados Unidos, um componente adicional nas negociações do produto nacional, segundo integrantes do mercado.

Com o escoamento da produção brasileira para o exterior tradicionalmente ganhando força a partir de abril, os embarques cresceram mais de 16 por cento ante março.

Em abril do ano passado, somaram 10,43 milhões de toneladas, segundo dados da Secex, que aponta também que o recorde histórico foi registrado em maio de 2017 (10,959 milhões de toneladas).

No acumulado do ano até abril, as exportações de soja do Brasil somaram cerca de 23,5 milhões de toneladas, ante 23,8 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado.

As exportações do país previstas para 2018, contudo, apontam para embarques superiores aos registrados em 2017, segundo especialistas.

A consultoria INTL FCStone estimou nesta quarta-feira as exportações brasileiras em um recorde de 70 milhões de toneladas em 2017/18, ante 68,15 milhões de 2016/17.

Além da safra recorde, o Brasil tem se beneficiado de uma menor produção na Argentina, além de perspectivas de menores vendas dos EUA para a China, diante de uma ameaça de tarifa chinesa à soja norte-americana.

Nesta quarta-feira, o presidente-executivo da gigante do agronegócio Bunge, Soren Schroder, disse em entrevista que as vendas de soja dos EUA para a China estão paralisadas, e que toda a negociação com os maiores importadores globais está sendo feita com origens não norte-americanas.

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