Economia

Exportação de carne suína do Brasil tem recorde de 1,02 mi t em 2020

Segundo a ABPA, a receita com os embarques da proteína, considerando os produtos in natura e processados, somou 2,27 bilhões de dólares no ano passado

ABPA: números divulgados pelo Ministério da Economia na véspera mostraram que o Brasil registrou recordes de volumes embarcados de suas principais commodities (Rodolfo Buhrer/Reuters)

ABPA: números divulgados pelo Ministério da Economia na véspera mostraram que o Brasil registrou recordes de volumes embarcados de suas principais commodities (Rodolfo Buhrer/Reuters)

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Reuters

Publicado em 5 de janeiro de 2021 às 18h03.

Última atualização em 5 de janeiro de 2021 às 18h10.

As exportações de carne suína do Brasil atingiram um recorde de 1,021 milhão de toneladas em 2020, alta de 36,1% em relação ao ano anterior, informou nesta terça-feira a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Segundo a entidade, a receita com os embarques da proteína, considerando os produtos in natura e processados, somou 2,27 bilhões de dólares no ano passado, avanço de 42,2% na comparação anual.

Os números confirmaram projeções realizadas no início de dezembro, quando a associação disse que as exportações anuais de carne suína superariam 1 milhão de toneladas pela primeira vez na história, batendo o recorde do ano anterior.

Na ocasião, a ABPA projetou também que os embarques seguirão fortes em 2021, mas que os efeitos da peste suína africana na China, que deram impulso aos negócios recentemente, serão menos intensos, e que custos relacionados à pandemia de covid-19 também causarão dificuldades.

Considerando apenas o mês de dezembro, as exportações brasileiras da proteína somaram 80,3 mil toneladas, crescimento de 5,6% ante igual período de 2019, enquanto as receitas tiveram alta de 4,1%, a 191,2 milhões de dólares.

Os embarques recordes de carne suína refletem a firme demanda por commodities do Brasil no ano passado, a despeito dos impactos da pandemia de coronavírus. O período foi marcado por grandes embarques à China e pela valorização do dólar frente ao real, o que tornou os produtos locais mais competitivos.

Números divulgados pelo Ministério da Economia na véspera mostraram que o Brasil registrou recordes de volumes embarcados de suas principais commodities, incluindo petróleo, açúcar, carnes e café.

Frango

Segundo a ABPA, as exportações de carne de frango do Brasil totalizaram 4,23 milhões de toneladas em 2020, leve alta de 0,4% ante 2019, enquanto as receitas recuaram 12,5% no período, para 6,123 bilhões de dólares.

O volume, porém, não é recorde — a máxima exportada pelo Brasil foi vista em 2016, com 4,38 milhões de toneladas, segundo dados da ABPA.

Em dezembro, foram embarcadas 380.800 toneladas de carne de frango, queda de 2,8% no ano a ano, com receitas de 579,6 milhões de dólares, baixa de 8,9% versus dezembro de 2019.

"Seja pelo recorde de exportações de suínos..., como pela alta nos embarques de aves, as projeções setoriais estabelecidas pela ABPA e confirmadas nas vendas finais reforçam o bom momento para o Brasil no mercado internacional, a despeito de um ano desafiador em todos os sentidos", disse em nota o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

"A perspectiva é que o ritmo positivo se mantenha em 2021, com a esperada retomada econômica internacional", acrescentou.

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