Inflação: economistas elevaram as projeções para a inflação, segundo o Boletim Focus do Banco Central (ThinkStock/Thinkstock)
Reuters
Publicado em 21 de maio de 2018 às 10h05.
.São Paulo - Economistas de instituições financeiras elevaram suas projeções para a inflação na pesquisa Focus do Banco Central, com maior pressão dos preços administrados e do dólar mais caro.
A alta do IPCA foi calculada agora em 3,50 por cento em 2018 e em 4,01 por cento em 2019, respectivamente 0,05 e 0,01 ponto percentual a mais do que na semana anterior.
As projeções para os preços administrados foram elevadas a 5,40 por cento este ano, de 5,20 por cento antes, e a 4,50 por cento em 2019, de 4,44 por cento.
As contas para o dólar, por sua vez, subiram pela quinta vez seguida para este ano influenciadas pela forte alta recente - somente na semana passada, a moeda norte-americana ficou 3,85 por cento mais cara no Brasil. O levantamento do BC mostra agora que os economistas veem o dólar a 3,43 reais no fim de 2018 e a 3,45 reais em 2019, de 3,40 reais antes para ambos os anos.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a mediana das projeções aponta para uma expansão de 2,50 por cento este ano, contra 2,51 por cento calculados antes, chegando a 3 por cento em 2019, cálculo inalterado.
Na semana passada, o BC optou pela manutenção da Selic em 6,5 por cento justificando que o cenário externo tornou-se mais desafiador e apresentou volatilidade, apesar de reconhecer que a atividade econômica do país perdeu força e o comportamento da inflação continua favorável. Também informou que, para as próximas reuniões, via como adequada a manutenção da taxa de juros.
O levantamento divulgado nesta segunda-feira ainda não refletiu essa decisão e segue mostrando a Selic a 6,25 por cento este ano já que era esperado um corte na semana passada. Para 2019, segue a expectativa de 8 por cento.
Entretanto o Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, já ajustou sua projeção e vê a taxa básica de juros a 6,5 por cento ao final deste ano, mantendo o cálculo de 7,5 por cento para o ano que vem.