Economia

Expansão latino-americana será menor em 2005, mas continuará sólida

Após registrar a maior taxa de crescimento dos últimos 20 anos em 2004, a região entrará num ritmo mais modesto, segundo os analistas

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h32.

No ano passado, a América Latina superou todas as expectativas e apresentou a maior taxa de crescimento dos últimos 20 anos. A partir dos dados já divulgados pelo México, Argentina, Peru e Venezuela, e das informações preliminares do Brasil e do Chile, o Instituto Internacional de Finanças (IIF), uma associação de instituições financeiras sediada em Washington, estima que, na média, os latino-americanos cresceram 5,4% em 2004. O ritmo, entretanto, não deve se repetir em 2005. As projeções são mais modestas.

Tanto no Brasil, como nos outros países, a economia foi estimulada pelas exportações no ano passado. Rica em minerais e commodities agrícolas, com as taxas de inflação sob controle e o câmbio favorável, a América Latina registrou um superávit em conta corrente de 22,6 bilhões de dólares em 2004, praticamente o dobro dos 11,2 bilhões obtidos no ano anterior. Somente o Brasil registrou um saldo positivo recorde de 11,7 bilhões nas transações correntes.

O desempenho também se refletiu em um incremento do Produto Interno Bruto acima do esperado. O México cresceu 4,4%; a Argentina, 8,8%. Já as estimativas para o Brasil são de 5%, enquanto os chilenos apostam em 6% para sua economia.

Em 2005, porém, a economia local deve desacelerar para patamares mais modestos, mas continuará sólida, de acordo com o americano The Wall Street Journal. Mesmo com a freada das economias líderes do mundo, como os Estados Unidos e a China, a demanda pelos produtos latino-americanos seguirá puxando o desenvolvimento regional. O UBS Investment Research, por exemplo, espera que os países da região cresçam cerca de 4,1%. Já o ABN Amro projeta uma taxa de 4,8%.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Alckmin diz que trabalha para redução de alíquota do tarifaço para todos os setores

Haddad confirma que governo socorrerá empresas afetadas pelo tarifaço com linhas de crédito

Rui Costa diz que Trump foi 'grosseiro' ao anunciar tarifas sobre produtos brasileiros

Haddad diz que vê maior 'sensibilidade' de autoridades dos EUA para negociar tarifas com o Brasil