Economia

Expansão do varejo em 2012 foi a menor em 3 anos, diz Serasa

Os dois segmentos que menos cresceram em 2012 foram o de tecidos, vestuário, calçados e acessórios e o de combustíveis e lubrificantes

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2013 às 13h27.

São Paulo - O Indicador de Atividade do Comércio, divulgado nesta terça-feira pela Serasa Experian, mostrou que o varejo cresceu 6,4% em 2012, o menor ritmo de expansão dos últimos três anos, já que em 2011 e em 2010 as altas foram de 7,8% e de 9,6%, respectivamente. Na comparação de dezembro com novembro, o movimento dos consumidores nas lojas em todo o País avançou 2,8%, já descontados os efeitos sazonais.

Por meio de nota, a empresa informou que o resultado de 2012 ficou ligeiramente acima do crescimento de 6,1% verificado em 2009, "ano em que a economia brasileira passou por um período recessivo no primeiro semestre, tendo em vista os efeitos da crise financeira internacional a partir de setembro de 2008".

Os dois segmentos que menos cresceram em 2012 foram o de tecidos, vestuário, calçados e acessórios - alta de 3% em relação a 2011 - e o de combustíveis e lubrificantes, com avanço de 1,8% no acumulado do período.

Lideraram a expansão de 6,4% da atividade varejista em 2012 os setores de material de construção e o de móveis, eletroeletrônicos e informática, com altas de 7,6% e de 7,7%, respectivamente. Economistas da empresa disseram que os incentivos fiscais nesses setores foram um forte impulsionador desse desempenho ao longo de 2012.

O setor de veículos, motos e peças, que também teve incentivos fiscais durante o ano passado, cresceu 4,7%. "Cabe notar que o elevado nível de inadimplência no segmento de financiamento de veículos foi um inibidor da evolução deste segmento, impedindo que o seu crescimento em 2012 fosse mais expressivo", diz a nota da empresa.

O movimento de consumidores no segmento de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas apresentou avanço de 4,1% em 2012. A empresa justificou a alta pelo bom momento vivido pelo mercado de trabalho, com taxas historicamente baixas de desemprego e com a maioria dos rendimentos corrigidos acima da inflação. O avanço nesse segmento só não foi maior, avaliaram os economistas, por causa da aceleração da inflação dos alimentos em 2012.

Acompanhe tudo sobre:ComércioEmpresasempresas-de-tecnologiaExperianSerasa ExperianVarejo

Mais de Economia

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições

Ministros apresentam a Lula relação de projetos para receber investimentos da China