Economia

Expansão do setor de serviços no Brasil acelera em abril

Segundo pesquisa Índice de Gerentes de Compras, expansão acelerou em meio ao aumento da produção e da entrada de novos negócios


	De acordo com o Markit, a produção aumentou em quatro das seis categorias monitoradas, com destaque para os subsetores de Intermediação Financeira e Transporte e armazenamento
 (Divulgação)

De acordo com o Markit, a produção aumentou em quatro das seis categorias monitoradas, com destaque para os subsetores de Intermediação Financeira e Transporte e armazenamento (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2013 às 11h04.

São Paulo - A expansão do setor de serviços no Brasil acelerou em abril em meio ao aumento da produção e da entrada de novos negócios, embora o grau de otimismo tenha atingido o nível mais fraco em três meses, mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Markit divulgada nesta segunda-feira.

O PMI sobre o setor de serviços brasileiro subiu para 51,3 em abril ante 50,3 em março, quando havia atingido o menor nível em sete meses. Ao permanecer acima da marca de 50, o PMI indicou que houve expansão da atividade pelo oitavo mês seguido.

Apesar disso, o Markit destacou que "o crescimento da atividade de negócios no setor brasileiro de serviços permaneceu fraco em abril".

"Após o aumento bastante fraco na atividade divulgado pelas empresas em março, os resultados de abril parecem mais consistentes com a modesta recuperação pela qual acreditamos que a economia brasileira está passando. Mas não são suficientes para descartar preocupações em relação aos riscos", disse o economista-chefe de Brasil do HSBC, André Loes.

De acordo com o Markit, a produção aumentou em quatro das seis categorias monitoradas, com destaque para os subsetores de Intermediação Financeira e Transporte e armazenamento. Os que registraram contração foram Correios e telecomunicações e Outros Serviços.

Os entrevistados indicaram demanda forte, o que favoreceu aumento no volume de novos negócios recebidos em abril, tendência que se mantém há oito meses.

Diante desse aumento, cerca de 15 por cento das empresas monitoradas indicaram produção mais elevada, contra 9 por cento que citaram nível menor de atividade.


Quatro das seis categorias indicaram aumentos no volume de novos negócios, com o crescimento mais rápido em Intermediação financeira, seguida por Transporte e armazenamento, Hotéis e restaurantes e Aluguéis e Atividade de negócios.

Confiança

O nível de contratação do setor de serviços, por sua vez, cresceu pelo segundo mês seguido em abril, com quase 3 por cento dos entrevistados relatando elevação no número de empregos, mas mostrou desaceleração em relação a março.

O número de funcionários aumentou em cinco das seis categorias monitoradas, com queda apenas em Hotéis e restaurantes.

Apesar de os fornecedores de serviços terem indicado otimismo mais uma vez, em abril o nível de sentimento positivo foi o mais fraco em três meses.

"Os entrevistados esperam que a demanda mais forte impulsione o crescimento da atividade daqui a 12 meses. No entanto, existem preocupações no tocante à crise europeia", destacou o Markit.

Quase 32 por cento dos entrevistados antecipam uma atividade mais elevada, enquanto 2 por cento preveem queda.

Em abril, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas registrou queda de 1,8 por cento na comparação com março, com piora da tanto perspectiva de situação atual quanto de expectativas.

A melhora vista no PMI de serviços do Brasil contrasta com uma piora no indicador sobre a indústria, que registrou em abril a expansão mais lenta em 6 meses.

Com isso, o PMI composto --que soma os resultados da indústria e de serviços-- mostrou ligeira aceleração da expansão do setor privado para 51,5, ante 51,0 em março, informou o Markit.

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