Prédio do Banco Central em Brasília: chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, destaca que o crédito segue em expansão, mas com moderação (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 12h52.
Brasília – O crédito deve crescer menos em 2014 do que neste ano. A projeção de expansão do Banco Central (BC) é 14%, este ano, e 13% em 2014. A estimativa anterior para 2013 era 15%.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, destaca que o crédito segue em expansão, mas com moderação.
Segundo ele, o crescimento vai alcançar um patamar em que converge “para uma taxa [de expansão] mais favorável à sustentabilidade” do crédito.
De acordo com Maciel, as projeções são feitas levando em consideração o crescimento da economia, da renda das famílias, a inadimplência, a análise do BC e também o aumento das taxas de juros.
Maciel destacou ainda que o crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, vai crescer mais em 2014 (58%) do que neste ano (56%). A previsão anterior, divulgada em setembro, para 2013 era 57%.
A previsão de expansão do crédito com recursos livres segue em 8%, este ano. Para 2014, a estimativa é 10%. O crédito com recursos direcionados (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura) deve crescer 23% este ano, contra 24% previstos em setembro. E em 2014, a previsão é 17%. De acordo com Maciel, a redução nas estimativas ocorre devido a moderação em linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e no crédito imobiliário.
O BC também reduziu a previsão para o crescimento do crédito de bancos públicos, que passou de 24% para 21%, este ano. Em 2014, a projeção é 17%, com redução do ritmo em relação a 2013.
Os bancos privados nacionais devem apresentar expansão do crédito de 6%, este ano, a mesma estimativa anterior, e 10%, em 2014. No caso dos bancos privados estrangeiros, a projeção passou de 7% para 8%, em 2013. No próximo ano, a previsão para o segmento é 8%.