Economia

Expansão de serviços tem ritmo mais lento em 7 meses

Índice de Gerentes de Compras do setor de serviços brasileiro caiu para 50,3 em março, ante 52,1 em fevereiro


	Aluguéis e Atividades de Negócios foi o único setor que não apresentou aumento no volume de novos negócios
 (Veja São Paulo)

Aluguéis e Atividades de Negócios foi o único setor que não apresentou aumento no volume de novos negócios (Veja São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2013 às 10h36.

São Paulo - A expansão do setor de serviços do Brasil registrou em março o ritmo mais lento em sete meses, afetada pela desaceleração do volume de novos pedidos, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Markit divulgada nesta quarta-feira.

O PMI do setor de serviços brasileiro caiu para 50,3 em março, ante 52,1 em fevereiro, permanecendo por pouco acima da marca de 50 que divide expansão de contração pelo sétimo mês seguido.

De acordo com o Markit, o aumento no volume de novos negócios foi o mais fraco em cinco meses, embora dos seis subsetores, cinco tenham registrado crescimento. A exceção foi Aluguéis e Atividades de Negócios.

Apesar dessa fraqueza, o nível de emprego voltou a subir em março após queda em fevereiro, em meio a evidências de níveis mais altos de entrada de novos trabalhos.

"Cerca de 4 por cento dos entrevistados da pesquisa contrataram pessoal adicional, enquanto que 94 por cento indicaram uma ausência de mudanças em relação ao mês anterior. Como resultado, o ritmo de criação de empregos foi, no geral, modesto apenas", informou o Markit.

Das seis categorias de serviços monitoradas, cinco registraram aumento no número de funcionários, sendo que o subsetor de Aluguéis e Atividade de Negócios não mostrou mudança em relação a fevereiro.

Confiança

Os custos de insumos aos fornecedores de serviços aumentaram em março em todos os subsetores, embora a taxa tenha ficado quase inalterada ante o mês anterior. Esse aumento foi repassado aos clientes, ainda que de forma moderada, com 4 por cento dos pesquisados indicando preços mais altos de produtos.

Apesar desse cenário, os fornecedores de serviços permaneceram otimistas em relação ao crescimento da produção, embora de forma menos acentuada do que em fevereiro.

"As empresas pesquisadas esperam que a atividade seja mais alta durante o próximo ano, com previsões de um crescimento econômico e uma demanda mais elevada sustentando os aumentos na atividade de negócios", destacou o Markit.

Em março, a confiança de serviços apurada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) apontou melhora ao subir 0,3 por cento, após queda em fevereiro.

A desaceleração vista no setor de serviços soma-se ao cenário fraco da indústria, que apresentou o ritmo mais fraco de expansão em 3 meses em março de acordo com o PMI.

Assim, o PMI composto --que soma os resultados da indústria e de serviços-- mostrou que a expansão do setor privado foi a mais lenta em cinco meses ao cair para 51,0, ante 52,9 em fevereiro, informou ainda o Markit.

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