Economia

Expansão da indústria não repõe perdas anteriores

A queda acumulada pela indústria nos sete primeiros meses deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, atingiu 3,7%


	Fábrica da Ford na Bahia: os veículos automotores, com uma alta acumulada de 8,1% em junho e julho, foram os principais responsáveis pelo resultado positivo da indústria
 (Germano Lüders/EXAME.com/Site Exame)

Fábrica da Ford na Bahia: os veículos automotores, com uma alta acumulada de 8,1% em junho e julho, foram os principais responsáveis pelo resultado positivo da indústria (Germano Lüders/EXAME.com/Site Exame)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2012 às 12h49.

Rio de Janeiro – Apesar de dois meses em crescimento, a indústria brasileira ainda não conseguiu repor as perdas acumuladas entre março e maio deste ano. A alta acumulada em junho e julho deste ano chegou a 0,5%, segundo dados divulgados hoje (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto nos três meses anteriores houve redução de 2%.

A queda acumulada pela indústria nos sete primeiros meses deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, atingiu 3,7%. Dezoito das 27 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE acumulam quedas na produção neste período, com destaque para os veículos automotores que, neste ano, tiveram uma produção 17,2% menor do que em 2011.

Mas são os veículos automotores que, com uma alta acumulada de 8,1% em junho e julho, foram os principais responsáveis pelo resultado positivo da indústria nesses dois meses. Segundo o coordenador da Pesquisa Industrial Mensal, André Macedo, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), adotada pelo governo nos últimos meses, e a normalização dos estoques nas montadoras levaram a um aumento na produção de veículos.

A redução do IPI também proporcionou um crescimento da produção de eletrodomésticos da linha branca. O aumento da produção nesses dois setores, bem como o de outras atividades, levou a um crescimento de 0,8% nos bens de consumo duráveis de junho para julho. “Com o crescimento de 4,8% de junho, os bens de consumo duráveis acumulam ganho de 5,7%”, disse André Macedo.

Os bens de consumo duráveis poderiam ter um resultado ainda melhor, caso as motocicletas não tivessem uma forte queda. “A queda pode ser explicada pela concessão de férias coletivas no setor de motocicletas”, destacou o coordenador.

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